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Com a queda da Selic, devo vender meu título do Tesouro antes do prazo?

RESPOSTA DO PROFESSOR DO INSPER MICHAEL VIRIATO - O Tesouro Direto é um programa do Tesouro para a venda de títulos públicos federais a pessoas físicas.

Os investidores podem aplicar a partir de R$ 80 e optar por títulos com três formas de rentabilidade: prefixada, com e sem pagamento de juros intermediários (NTN-F e LTN, respectivamente), rentabilidade indexada ao IPCA (NTN-B) ou indexada à taxa Selic (LFT).

Apesar de ser excelente alternativa de diversificação no longo prazo, a opção do Tesouro Direto pode não ser vantajosa no curto prazo.

Antes de investir, o aplicador deve considerar os custos e verificar se é mais interessante investir via fundo de investimento ou no Tesouro Direto.

Na aquisição de títulos via Tesouro Direto, são cobradas três taxas: uma de negociação (0,1%), uma de custódia da BM&FBovespa (0,3%) e uma de serviço cobrada pelo agente de custódia (corretora ou banco), que pode variar desde a isenção até 0,5% sobre o valor negociado.

No site do Tesouro, há um ranking com as taxas cobradas por cada agente.

Na aquisição, o investidor tem um custo de até 0,9% do valor negociado.

Se considerarmos a Selic de 7,25% ao ano, esse custo representa um mês e meio de rentabilidade, ou seja, deve-se ponderar se compensa vender um título que tenha sido adquirido em um prazo inferior a um ano.

Outro fator também a ser considerado para a decisão de venda antecipada de um título já adquirido pelo Tesouro Direto é a perspectiva de rentabilidade futura.

Mesmo com a redução da taxa Selic, os títulos de longo prazo preservam um prêmio que poderá ser capturado com o decorrer do prazo.

POUPANÇA

Sou profissional liberal e minha renda varia bastante. Tenho investimento em poupança, mas não estou satisfeito com a rentabilidade. Devo ir para algo mais arriscado? Se sim, qual opção mais interessante?

A.G., de Santo André (SP)

RESPOSTA - A diversificação é sempre uma estratégia interessante para melhorar o equilíbrio de risco e retorno de carteiras de investimento.

Devido à garantia de rentabilidade (TR + 0,5% ao mês) e à isenção de imposto, os depósitos de poupança realizados antes do dia 3 de maio deste ano estão com rentabilidade bastante atrativas e poderiam ser mantidos.

Para os depósitos posteriores a essa data, sugere-se diversificar com títulos do Tesouro Direto de prazo mais longo ou com ações, por meio de fundos de investimento ou diretamente nas corretoras de valores.

LONGO PRAZO

Tenho um filho pequeno de dois anos e quero investir para o seu futuro, provavelmente para pagar sua faculdade ou uma casa. Qual aplicação devo fazer?

R.A., de Brasilia (DF)

RESPOSTA - Como o horizonte de investimento é de longo prazo -mais de 15 anos-, sugere-se diversificar os recursos aplicando em alternativas de maior risco, mas mantendo uma reserva de baixo risco para a realização de balanceamentos intermediários.

Sugere-se, assim, um portfólio que se distribua entre ações, fundos multimercado, fundos imobiliários, títulos indexados à inflação (NTN-B, por exemplo), títulos prefixados de longo prazo e um investimento de baixo risco.

Uma alternativa com custo mais elevado, mas que garante uma disciplina de investimento, seria contratar um plano de previdência VGBL diversificado.

Eu Invisto em

Durval Lelys, vocalista da banda Asa de Águia

"Invisto em imóveis porque, além de gostar, ao longo dos anos torna-se rentável. Conto com orientação de analistas econômicos para aplicações financeiras, inclusive Bolsa, para não correr grandes riscos"

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