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Criação de empregos é a menor desde 2001

Resultado de setembro faz governo rever previsão de geração de novas vagas no ano para menos de 1,5 milhão

'Mercado de trabalho reflete economia', afirma secretário; em 2012, só em março houve crescimento

DE BRASÍLIA

Setembro registrou o pior desempenho na criação de vagas com carteira assinada para o período desde 2001.

É o que mostram dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que reduziu sua expectativa de geração de postos de trabalho no ano para menos de 1,5 milhão. No mês passado, a projeção oficial era que o número ficaria entre 1,5 milhão e 1,7 milhão de postos.

No mês passado, foram criadas 150,3 mil vagas.

"O mercado de trabalho reflete o que acontece com a economia", disse o secretário-substituto de Políticas Públicas de Emprego do ministério, Rodolfo Torelly.

Segundo ele, o saldo de vagas geradas no acumulado do ano até setembro, de 1,574 milhão, vai se reduzir porque no fim do ano há perda de empregos, ou seja, se dispensa mais do que se admite.

"Nos últimos anos, em média, 400 mil vagas foram extintas em dezembro", disse.

Da mesma forma, setembro é tradicionalmente um mês forte, pois a indústria e o comércio se preparam para o aumento das vendas relacionadas ao fim do ano.

INDÚSTRIA

Mesmo a indústria de transformação, que em setembro teve a maior taxa de crescimento de empregos formais entre os setores, com 66,1 mil vagas geradas, teve um desempenho pior que no mesmo mês do ano passado.

É a continuidade de um processo que vem ocorrendo ao longo deste ano.

Março foi o único mês em que se geraram mais postos de trabalho do que no mesmo mês de 2011.

O mês retrasado, por exemplo, foi o pior agosto para o emprego em nove anos. Para outubro, a expectativa da pasta é criar 140 mil vagas.

Apesar do momento pior do que o do ano passado para a geração de vagas, no caso do salário médio de admissão houve aumento real ante 2011, de 5,3%.

Para Torelly, isso reflete o fato de a demanda por trabalho qualificado no Brasil ser maior do que a oferta de profissionais.

(MAELI PRADO)

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