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Efeito no juro deve demorar, dizem analistas

DE SÃO PAULO

Maior acesso ao crédito, controle melhor da inadimplência, redução nas taxas de juros e criação de ouvidorias para os consumidores acompanharem como seus dados estão sendo usados são os

aspectos positivos da regulamentação do cadastro positivo.

No entanto, esses efeitos no crédito, especialmente nas taxas de juros, podem demorar até três anos, dizem especialistas.

Isso porque as instituições financeiras vão primeiro experimentar o uso dos dados positivos, comprovar seu efeito na inadimplência, para depois repassar ao cliente os possíveis ganhos com o novo instrumento.

"O cadastro positivo vai incentivar a competição bancária, combater o sobreendividamento e abrir espaço para que os bons tomadores se beneficiem", afirma Ana Carla Abrão, diretora do Itaú Unibanco.

Na opinião do economista Luiz Calado, especialista em crédito, o cadastro positivo vai estimular o bom comportamento dos consumidores na hora de utilizar os limites de empréstimos pré-aprovados.

Ele afirma que, como acontece na renovação de seguros, quanto menos o consumidor usar os benefícios (no caso, os limites de crédito), mais chance terá de conseguir empréstimos favoráveis.

INFORMAÇÃO

"Controlar melhor a inadimplência é uma das principais barreiras dos bancos para reduzir as taxas. Quanto mais informação, melhor para os profissionais de crédito tomarem decisão", afirma.

De acordo com Dirceu Gardel, diretor da Boa Vista Serviços, faltou ainda definir regras de como será a fiscalização do setor de informações positivas.

"O setor irá se autorregular ou será o governo que assumirá esse papel?", questiona Gardel.

(CLAUDIA ROLLI E TONI SCIARRETTA)

OPINIÃO

Para Maria Inês Dolci, é importante fiscalizar uso dos dados
folha.com/no1171496

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