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Cálculo sobre as reservas no Brasil só será conhecido em 2014

DE SÃO PAULO

A ANP (Agência Nacional do Petróleo) investe R$ 1,8 bilhão no Plano Plurianual que irá mensurar o potencial do gás de xisto no Brasil. O trabalho estará pronto em 2014.

A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, diz que em dez anos o país vai duplicar a oferta de gás.

Magda Chambriard - Qual o estágio da pesquisa e da exploração de gás não convencional no Brasil?
Folha - O Brasil dá os primeiros passos na exploração do gás de xisto. Temos feito estudos em bacias terrestres e os indícios de estudos de geoquímica são muito favoráveis. Se for possível produzir em Mato Grosso, no Maranhão ou no Piauí, onde temos encontrado indícios, haverá uma mudança da logística de distribuição do gás.
A descentralização do universo exploratório no Brasil vai ser muito boa para o país.

Onde há potencial?
Os estudos de geoquímica terrestres indicam que as amostras de solo têm indícios de presença hidrocarbonetos, mais gás natural do que petróleo. Encontramos indícios no Acre, em São Luís, em Parnaíba, em Parecis e em São Francisco. Esses estudos estão sendo feitos para o Plano Plurianual da ANP, iniciado em 2006, que prevê investir R$ 1,8 bilhão até 2014.

Qual é o volume que podemos ter de gás não convencional?
A ANP fez um exercício, utilizando o Barnett Shale [região do Texas-EUA] como referência. Se as rochas geradoras tiverem o mesmo potencial, poderíamos atingir volumes de 200 tcf (trilhões de pés cúbicos) em três bacias brasileiras: bacia dos Parecis (Mato Grosso), bacia do Parnaíba (Maranhão, Piauí e Tocantins) e bacia do Recôncavo (Bahia).
O Departamento de Energia dos EUA indicou numa avaliação de 2011, só para a bacia do Paraná, a ocorrência de 226 tcf provenientes de gás de xisto. Esse estudo não é respaldado pela ANP.

Qual é a perspectiva para o mercado de gás no Brasil?
Em dez anos vamos mais do que duplicar a produção de gás no Brasil. Dependendo do volume de gás reinjetado no pré-sal, poderemos disponibilizar de 100 milhões a 120 milhões de metros cúbicos. Esse aumento virá das 21 plataformas do pré-sal. Temos enorme potencial que está começando a ser descoberto nas bacias terrestres.

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