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Tarifa de empresas aéreas deveria subir 10%, segundo a TAM

Executiva da empresa diz que reajuste é necessário para manter saúde financeira das companhias

LUCAS VETTORAZZO
DO RIO

Para manter a saúde financeira nos próximos anos, as empresas aéreas precisariam reajustar suas tarifas em, no mínimo, 10%

A avaliação foi feita ontem pela vice-presidente da unidade de Negócios Domésticos da TAM, Cláudia Sender.

Segundo a executiva, o cálculo foi feito com base no percentual de perda de rentabilidade das empresas aéreas, estimada pelos analistas do setor em cerca de 10% até o terceiro trimestre. As empresas ainda não divulgaram os balanços do período.

"Para ficar no zero a zero, tem que haver uma recuperação de pelo menos 10% na tarifa. Se não acontecer, não vamos ter uma indústria saudável no Brasil", disse na Abav, feira do setor de turismo que ocorre nesta semana no Rio.

As tarifas das companhias caíram com o aumento da demanda e a concorrência entre as empresas. A chamada nova classe média, que passou incluir o turismo em sua cesta de consumo, vem sendo disputada agressivamente pelas companhias aéreas.

À parte desse movimento, explicou Sender, os custos do setor têm subido. Altas na taxa de câmbio, preço de petróleo, tarifas pagas pelas empresas para a utilização dos aeroportos e custos de mão de obra foram, segundo a executiva, os principais responsáveis pela redução das margens de lucro das empresas.

"Só o câmbio, que representa 60% dos nossos custos, subiu 25% nos últimos 12 meses", disse. "A compra, o aluguel e a manutenção das aeronaves são pagos em dólar e alta da moeda americana encarece os custos."

Devido a esse cenário ruim, a TAM anunciou recentemente que irá reduzir em 7% sua capacidade de transporte de passageiros em 2012. A empresa pretende manter o número de clientes, com menos aviões. Na prática, significa voar com aviões mais cheios.

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