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Bíblia divide espaço com Cartão Gospel e 'emagrecimento divino'

DE SÃO PAULO

A ideia de um "dinheiro de plástico" para fiéis era vendida entre panfletos que propagandeavam pílulas para um "emagrecimento divino" e Bíblia eletrônica portátil ("ouça a voz de Deus em qualquer lugar num simples toque").

O cartão pré-pago Gospel Fidelidade, da bandeira Visa, foi apresentado na ExpoCristã, no fim de setembro.

A empresa gaúcha Aplub, que também oferecia cursinhos preparatórios só para evangélicos querem prestar concurso público, anunciou ainda um guichê de autoatendimento para usar o cartão.

A máquina é como um terminal que se encontra nos bancos, feita na medida para ser implantada nos templos. Por meio dela, a pessoa realiza operações como pagar o dízimo, acessar orações e comprar produtos on-line.

Hoje, muitas denominações já adotam em seus cultos máquinas de débito e crédito. Poucas, contudo, divulgam seus números. Uma exceção é a Assembleia de Deus sob comando de Silas Malafaia, no Rio, que recolhe R$ 50 milhões por ano com dízimo e calcula que 60% são transações eletrônicas.

É por "não depender de uma avaliação de crédito" que o Gospel Fidelidade tem entrada em vários grupos neopentecostais, diz Marcelo Malavolta, sócio da PilCard, uma das empresas que desenvolveram o produto. O mínimo para abrir um pré-pago é R$ 8. As igrejas servem como parceiras, repassando a ideia para seus seguidores, e não têm custo com a adesão.

Malavolta enumera outras iscas para atrair o consumidor evangélico: "Temos sorteio de viagens para Jerusalém, títulos de capitalização e combos como auxílio-funeral, que podem ser incorporados às despesas do mês".

Por ora, segundo ele, o "dinheiro de plástico" despertou interesse de igrejas como Batista, Renascer e Assembleia de Deus Bom Retiro. (AVB)

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