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Bancos preparam nova aplicação com isenção de imposto

Investidores aguardam por novidade destinada a financiar infraestrutura

THIAGO SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma novidade entre as aplicações financeiras deve chegar em breve aos bancos: fundos de investimento em títulos de dívida incentivados de infraestrutura.

Caixa e Itaú já anunciaram que terão esses fundos, mas não têm prazo para começar a oferecê-los aos clientes.

A principal vantagem é a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas. Pessoas jurídicas pagarão alíquota de 15% aplicando nos papéis.

Chamados de debêntures, os títulos visam financiar projetos em setores estratégicos, como logística e transporte, mobilidade urbana, energia, telecomunicações, radiodifusão, saneamento e irrigação.

"É uma forma de o governo incentivar esses setores do mercado. Os títulos serão uma boa opção para o investidor por oferecer essa isenção fiscal", diz César Locatelli, da F2 assessoria financeira.

Um dos principais aspectos a serem analisados pelo investidor quando o produto estiver disponível deverá ser a liquidez, ou seja, a possibilidade de resgatar os recursos do investimento em caso de necessidade. Ela tende a ser menor nesse papéis, segundo Locatelli.

"Ainda não temos um mercado muito líquido no país, mas isso deverá mudar em alguns anos."

As taxas de administração também deverão ser observadas pelo comprador. Se forem elevadas, comprometem o rendimento da aplicação.

AQUISIÇÃO DIRETA

Uma opção será adquirir debêntures diretamente em emissões públicas, sem pagar a taxa de administração dos fundos.

O problema é que o custo de uma debênture pode ser elevado. O investidor pode ter dificuldade em diversificar a aplicação comprando diferentes títulos ao mesmo tempo, como fazem os fundos.

Para Locatelli, os fundos de investimento em infraestrutura poderão oferecer retorno próximo a 10% ao ano ou ao IPCA (índice oficial para medir a inflação) mais 5%.

Um dos títulos de maior prazo do Tesouro Nacional hoje, a NTN-F (Nota do Tesouro Nacional, série F) com vencimento em 2023, oferece taxa de 9,35% ao ano, mas é preciso pagar 15% de IR.

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