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Chineses ampliam investimento no pré-sal

No segundo maior negócio no Brasil, estatal Sinopec paga US$ 5,18 bi por 30% da portuguesa Galp Energia

Portugueses têm parte minoritária em 4 blocos na bacia de Santos; para analistas, valor ficou abaixo do esperado

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

A petroleira estatal chinesa Sinopec anunciou ontem a compra de 30% da portuguesa Galp Energia no Brasil. O negócio de US$ 5,18 bilhões é o segundo maior investimento da gigante asiática no país e amplia sua presença no pré-sal.
A Galp tem participação minoritária em quatro blocos na bacia de Santos (São Paulo), entre os quais o campo de Lula (ex-Tupi), o maior já descoberto pela Petrobras.
As reservas estão estimadas em 6,5 bilhões de barris.
Em nota, a Sinopec explicou que a participação na Petrogal Brasil custará US$ 3,54 bilhões. A empresa desembolsará mais US$ 1,64 bilhão para despesas envolvendo a transação.
"A aquisição expandiu os negócios com operações de gás e petróleo da Sinopec no exterior, o que fará uma grande contribuição para o crescimento da produção de petróleo e gás nos Planos Quinquenais 12 [2011-2015] e 13 [2016-2020]", afirmou a petroleira.

METAS
Elaborados e aprovados pelo Partido Comunista, os Planos Quinquenais estabelecem metas e objetivos para o governo e as empresas estatais chinesas a cada cinco anos.
É o terceiro grande investimento chinês no setor petroleiro do Brasil.
O maior deles, no ano passado, é da própria Sinopec: US$ 7,1 bilhões por 40% da Repsol Brasil, sócia da etrobras em campos do pré-sal.
Maior empresa de refino e segunda em produção de petróleo da China, a Sinopec controla cerca de cem subsidiárias e atua em 21 países. Suas reservas de petróleo estão estimadas em 5,5 bilhões de barris.
Também estatal, a Sinochem pagou US$ 3,07 bilhões por 40% do campo Pelegrino (localizado na bacia de Campos, no litoral do Estado do Rio de Janeiro) da norueguesa Statoil, agora dona de 60%.

ABAIXO DO PREVISTO
A Galp afirmou, através de comunicado, que o negócio "assegura o desenvolvimento dos ativos da empresa nesse país [Brasil], enquanto estabelece uma parceria com a Sinopec, um grupo do setor energético de classe mundial".
No Brasil, a Galp tem participação em 21 projetos em sete bacias, com porftólio estimado de 554 milhões de barris de petróleo, segundo a empresa.
Ontem, as ações da Galp caíram 11% na Bolsa de Lisboa, o maior recuo em três anos.
De acordo com analistas ouvidos pela agência Lusa, o preço de compra dos ativos da Galp no Brasil ficou abaixo do esperado.

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