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Indústrias de cachaça terão controle de produção pela Receita

A produção de cachaça passará a ser controlada pelo governo, que instalará medidores de vazão nas fábricas. O objetivo é evitar a sonegação do IPI.

O que poderia preocupar o setor está sendo visto com bons olhos por parte dele, principalmente pelas empresas que vivem na formalidade.

O controlador de vazão, chamado de Sicobe (Sistema de Controle de Produção de Bebidas, conjunto de equipamentos que tem a função de mostrar a exata produção de uma bebida) é um sistema caro e sofisticado e deverá ser, inicialmente, instalado apenas nas grandes empresas.

A indústria de cachaça é bastante concentrada, com 85% da produção formal ficando em apenas uma dezena de empresas. O setor tem por volta de 4.000 fabricantes, com apenas metade deles credenciados no Ministério da Agricultura.

Devido à grande informalidade, os números de produção indicam projeções elásticas, que vão de 750 milhões a 900 milhões de litros por ano. Pelo menos 40% desse volume vem da informalidade, segundo estimativas do setor.

A produção de cachaça é um importante setor da economia, movimentado setores da produção da cana-de-açúcar -da fabricação da bebida às vendas no varejo. O setor quer, no entanto, elevar o reconhecimento do produto e ganhar mais valor agregado para a bebida.

Esse reconhecimento passa, no entanto, por normas e regras iguais para todos, além de seriedade dos fabricantes, segundo o próprio setor.

A tequila rende US$ 1,5 bilhão por ano para o México -média de US$ 15 por litro. As exportações brasileiras de cachaça ficam próximas de US$ 15 milhões, com valor médio de US$ 1,50 por litro.

O sistema de vazão da Receita Federal poderá trazer controle em parte da produção. A avaliação de parte do setor, porém, é que os preços ainda estarão afetados por empresas sem controle de produção e pela "viagem" de mercadorias e de notas fiscais em busca de tributação mais favorável, devido à diversidade das alíquotas do ICMS nos diversos Estados.


TRIGO

Produção mundial sobe para 683 mi de toneladas

A produção mundial de trigo na safra 2011/2012 sobe 2,1 milhões de toneladas em relação ao que era previsto pelo Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As estimativas deste mês indicam que a produção total da safra será de 683,3 milhões de toneladas, para um consumo de 676,8 milhões.

Bom mercado A Espanha, o segundo principal mercado para a soja brasileira, elevou em 15% as compras da oleaginosa no Brasil neste ano. Até outubro, os espanhóis compraram 1,94 milhão de toneladas.

Longe da líder A China imprimiu ritmo menor nas compras deste ano -mais 6%-, mas adquiriu 20,2 milhões de toneladas. Taiwan, com importações de 846 mil, comprou 47% mais, segundo a consultoria Céleres.

Ainda aquecidas As receitas médias com exportações de carnes (bovina, de frango e suína) somaram US$ 76 milhões por dia útil na primeira quinzena deste mês, 12% mais do que havia sido exportado em outubro.

Cereais Já as importações de cereais subiram para US$ 18,6 milhões por dia útil nas duas primeiras semanas do mês, 76% mais do que em outubro e 58% mais do que há um ano, segundo dados da Secex.

Com MARCOS CÉZARI

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