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Usuário poderá proteger dados do Google

Para atender requisição de autoridades, empresa cria opção que permite restringir informações sobre roteador

Dados das redes eram usados para oferecer serviços locais a celulares com o sistema operacional Android

DO "NEW YORK TIMES"

A pressão de autoridades europeias forçou o Google a criar um mecanismo que dá aos usuários a opção de restringir o uso de dados como nome e localização dos roteadores pessoais e de comércios por todo o mundo.
As informações ajudam o Google a localizar celulares no raio de alcance dos roteadores para que possa oferecer serviços de mapa e previsão do tempo, além de anúncios dos negócios na vizinhança.
Com a nova regra, os usuários poderão escrever "_nomap" (sem mapa, na tradução livre) para indicar ao Google que não permitem o uso de suas informações.
"Esperamos que, com medidas como essa, as empresas maiores adotem a privacidade desde sua concepção, desde o início", afirmou o presidente da agência holandesa de proteção de dados, Jacob Kohnstamm.
Segundo ele, a decisão do Google pela nova ferramenta atende pedidos das autoridades holandesa, francesa e de outros países europeus.
Se cumprir o acordo, o Google pode ter perdoada uma multa de € 1 milhão
(US$ 1,4 milhão) aplicada pela agência do país por irregularidades cometidas entre 2008 e 2010.
Nesse período, equipes da empresa coletaram informações de 3,6 milhões de roteadores do país enquanto faziam levantamento de áreas para o Google Maps.
A empresa afirmou na época que usaria as informações para ajudar na localização de celulares com o sistema operacional Android.
"Ainda que os sinais de ponto de acesso wireless que usamos em nosso serviço de localização não identifiquem pessoas, achamos que conseguimos avançar na proteção dos dados dos usuários", afirmou a empresa em nota.

SERVIÇOS LOCAIS
A nova opção poderia atrapalhar o esforço do Google para oferecer os serviços locais caso muitos usuários optem pela privacidade de suas informações.
Analistas do setor, porém, não acreditam em uma grande adesão ao sistema.
"Acho que o operador da rede wireless ficaria contente em ter suas informações coletadas. Não os machucará de qualquer maneira", afirmou o analista Chenxi Wang.

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