São Paulo, terça-feira, 01 de março de 2011 |
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commodities Safra de cana pode ter até 6% de queda Previsão da Datagro Consultoria para o período 2011/2012 é confirmada por produtores da região de Ribeirão Preto Chuva insuficiente nos últimos 8 meses e baixa manutenção da lavoura são os principais motivos apontados VENCESLAU BORLINA FILHO DE RIBEIRÃO PRETO MARCELO TOLEDO EDITOR-ASSISTENTE DA FOLHA RIBEIRÃO A safra 2011/12 da cana começa neste mês marcada pelo pessimismo em relação à produtividade. A previsão de redução é de até 6% em relação à safra anterior (2010/11), que processou 556,1 milhões de toneladas na região centro-sul do país. A avaliação é da Datagro Consultoria e considera o volume insuficiente de chuvas nos últimos oito meses, que impedem o crescimento da cana. Aliado a isso, há problemas da baixa manutenção dos canaviais e dos tratos culturais nas lavouras. A temporada seria aberta hoje pelas usinas do grupo Batatais, em Batatais (352 km de SP) e Lins (431 km de SP), mas novamente um problema climático -agora o excesso de chuva num curto período- fez com que fosse remarcada para o dia 21. Sérgio Prado, representante da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) na região de Ribeirão -tradicional polo sucroenergético do país-, confirma a avaliação. "Não haverá aumento da produção porque a cana não teve tempo de maturação." Para o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, o pessimismo se deve à falta de renovação dos canaviais e ao veranico de maio a setembro. "Algumas empresas, para sobreviver, deixaram de ter uma reforma equilibrada em seus canaviais, e a situação foi agravada pela condição climática", disse. Na Usina São Francisco, em Sertãozinho (333 km de SP), a previsão de quebra na produção por causa da seca é de 10%, segundo o diretor da unidade, Jairo Balbo. Já a São Martinho, em Pradópolis (315 km de SP), que na safra anterior bateu, pela segunda vez, o recorde de moagem no país, deve repetir o número neste ano: 8,4 milhões de toneladas. A previsão do grupo Batatais é repetir a moagem do ano passado -5,6 milhões de toneladas. Para o presidente da Datagro, Plínio Nastari, a previsão de queda da safra só não irá ocorrer se o clima for favorável -volume adequado de chuva e sol- até abril, o que é pouco provável. CONTRAPONTO Situação diferente só poderá ser vivida pela ETH Bioenergia, do grupo Odebrecht, que informou, em nota, que conseguiu fazer o plantio "normalmente". A empresa espera dobrar sua produção com aumento da capacidade em três unidades, além da entrada em operação de quatro usinas. A expectativa é moer 20 milhões de toneladas de cana. Texto Anterior: Fapesp faz convênio com laboratório Próximo Texto: Governo admite estudar reajuste de combustíveis Índice | Comunicar Erros |
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