São Paulo, terça-feira, 01 de março de 2011 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Argentina impede importações de máquinas brasileiras, diz Anfavea Neste ano o Brasil ainda não exportou máquinas agrícolas para a Argentina, o seu maior cliente nesse mercado. O motivo: o vizinho parou de emitir licenças não automáticas para as importações de tratores e de colheitadeiras. Há cerca de dois anos, a Argentina começou a exigir a emissão dessas licenças nas operações de compra dos produtos brasileiros. Apesar de a medida não estar prevista no acordo automotivo do Mercosul, a emissão das licenças não automáticas é permitida pela OMC (Organização Mundial do Comércio) e, até o final do ano passado, não impedia as exportações brasileiras para a Argentina. Desde dezembro, no entanto, o ritmo dessas licenças diminuiu e, em 2011, nenhum embarque foi autorizado, segundo Milton Rego, vice-presidente da Anfavea (associação dos fabricantes de veículos automotores). "Há pedidos de licença que aguardam resposta há mais de cem dias", afirma. A OMC estipula um prazo máximo de 60 dias para a emissão das licenças. "Perdemos a melhor época de vendas de colheitadeiras na Argentina", acrescenta Rego, lembrando que a maior parte da colheita no país vizinho deve terminar neste mês. "Se um produtor quiser comprar, não existe trator e colheitadeira na Argentina." O Brasil, de acordo com ele, é responsável por 80% a 90% do mercado de máquinas agrícolas naquele país. No ano passado, a Argentina comprou 27,6% das máquinas exportadas pelo Brasil. Em janeiro, as exportações totais brasileiras caíram 8% em relação a dezembro, segundo dados da Anfavea. Segundo Rego, a retração reflete a paralisação do comércio entre os dois países. Crise árabe Apesar do imediato recuo de preço dos grãos diante do agravamento da crise na Líbia, o coordenador do Cepea, Geraldo Barros, avalia que o quadro de alta não se altera enquanto for mantido o atual crescimento econômico. Abastecimento Para Barros, pelo menos no curto prazo, os países árabes terão dificuldades de abastecimento de alimentos devido à desestruturação de suas economias. No médio e longo prazos, rearranjadas as economias, a região poderá ser importante compradora do agronegócio. Em alta 1 O preço médio da soja no mercado interno em fevereiro foi 37% superior ao praticado no mesmo período de 2010, segundo levantamento da Céleres. Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 42,50 no mês passado. Em alta 2 O preço do algodão subiu 7,2% na Bolsa de Nova York, ontem. O primeiro contrato fechou a US$ 2,05 por libra-peso e bateu novo recorde. Preço do açúcar recua em SP em plena entressafra Ao contrário do álcool, os preços do açúcar estão em queda no mercado interno, em plena entressafra. O indicador do Cepea para o açúcar cristal vendido pelas usinas paulistas ficou em R$ 73,64 por saca de 50 quilos na última sexta-feira, baixa de 1,2% em uma semana. No mês, a retração é de 3%. Segundo Heloisa Burnquist, pesquisadora do Cepea, a queda se deve a um aumento pontual na oferta. "Nas duas primeiras semanas do mês, muitos atacadistas venderam açúcar", afirma. Já na semana passada, ela verificou queda na demanda com a expectativa de entrada da nova safra. TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES Texto Anterior: Análise/Citricultura: Produção de laranja no país vai além do Estado de São Paulo Próximo Texto: Benjamin Steinbruch: Tentar sempre vale a pena Índice | Comunicar Erros |
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