DO RIO - A capitalização da Eletrobras por meio de oferta de ações deu mais um passo. Aprovada anteontem pelo conselho de administração da empresa, será agora submetida a assembleia de acionistas, a ser marcada depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitir decreto autorizando a operação.
A empresa planeja conseguir R$ 4,8 bilhões com a emissão.
Apenas os acionistas poderão participar da oferta, com direito de comprar ações na proporção das que já detêm. Quem não acompanhar terá seu capital diluído, ou seja, perderá fatia na empresa e, consequentemente, participação nos resultados.
A Eletrobras espera concluir o processo em até três meses. Os principais acionistas da Eletrobras são a União, com 46,26% do capital, e a BNDESPar, com 11,87%.
Os R$ 4,8 bilhões a serem obtidos pela Eletrobrás não irão para o caixa da empresa -como acontecerá com parte dos recursos que a Petrobras levantará em sua capitalização, também prevista para este ano.
O dinheiro será repassado à União, como compensação pelo adiantamento feito para ser injetado nos caixas de algumas empresas do grupo.
Conforme explicou recentemente o presidente da empresa, José Antônio Muniz Lopes, o dinheiro injetado nessas subsidiárias ajuda a limpar suas dívidas e diminui o pagamento de juros.
A operação com a União custa, por ano, cerca de R$ 500 milhões em juros à estatal.


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