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commodities
Usiminas divide grupo para valorizar ativos
A nova Mineração Usiminas terá minas, participação em ferrovia e porto
Nova empresa do grupo nasce com capital de US$ 4,5 bi; Sumitomo investe US$ 1,929 bi
e terá 30% do capital
AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO
O grupo Usiminas, tradicional produtor de aço,
anunciou ontem a criação de
uma empresa. O grupo vai repassar os ativos de logística e
de mineração para a Mineração Usiminas S.A.
A Usiminas antecipa-se à
concorrente CSN (Companhia Siderúrgica Nacional),
que pretende fazer o mesmo
arranjo com a mina Casa de
Pedra (MG).
A nova empresa da Usiminas nasce com dois propósitos: assegurar a oferta de minério de ferro às usinas de
Ipatinga (MG) e de Cubatão
(SP) e obter maior valor de
mercado a partir da separação da divisão siderúrgica.
"O objetivo da mudança é
fazer com que o mercado tenha uma melhor percepção
desses ativos, que, no grupo,
não tinham visibilidade", diz
Wilson Brumer, presidente
do conselho de administração da Usiminas.
Segundo Brumer, o valor
de mercado da Usiminas varia entre R$ 25 bilhões e R$ 28
bilhões. A expectativa é que,
separadas, siderurgia e mineração resultem em maior
valor de mercado. A Usiminas ainda considera abrir o
capital da mineradora.
A nova empresa nasce
com capital de US$ 4,5 bilhões e deve chegar a US$ 6,4
bilhões a partir da entrada da
japonesa Sumitomo, prevista
para agosto.
O sócio estratégico injetará
US$ 1,929 bilhão com a aquisição das ações emitidas pela
nova empresa. O aporte dará
à Sumitomo 30% do capital
da Mineração Usiminas.
OS ATIVOS
Além das quatro jazidas de
minério de ferro (com 2,6 bilhões de toneladas da matéria-prima em reservas), a nova empresa terá outros ativos. Receberá ações da MRS
Logística, grande transportadora de minério de ferro.
O grupo Usiminas repassará lote de 16,6% do capital da
MRS para a nova empresa. Ficará apenas com 3,4%. A Mineração Usiminas receberá
um terreno para a construção
do porto em Itaguaí (RJ).
O plano da mineradora é
produzir 29 milhões de toneladas de minério a partir de
2015. Hoje, a produção é de
7 milhões. Para alcançar essa
marca, a nova empresa investirá R$ 4,1 bilhões.
Com essa produção será
possível atender a demanda
anual de até 14 milhões de toneladas das unidades siderúrgicas. A Sumitomo terá
prioridade na aquisição do
minério excedente até o limite da participação na nova
empresa, de 30%.
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