São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2011

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Thomaz Bastos diz que oferta de Abilio não tem transgressão

DE SÃO PAULO

É um duelo de titãs. Não há nenhuma ação criminal em curso, mas a disputa do Pão de Açúcar com o grupo francês Casino já conta com dois dos maiores advogados criminalistas do país, ambos ex-ministros da Justiça.
Ontem, Abilio Diniz, do Pão de Açúcar, contratou Márcio Thomaz Bastos, que foi ministro de Lula. O Casino já tinha José Carlos Dias, ex-ministro de FHC, entre seus defensores.
Bastos refutou em entrevista à Folha que Diniz tenha dado "um golpe de Estado corporativo" ao costurar um acordo com o Carrefour, principal concorrente do Casino na França, intermediado pelo banco BTG Pactual.
A expressão "golpe de Estado corporativo" foi usada por Dias em entrevista à Folha, publicada ontem.
"É uma licença poética", disse, sobre a comparação. "Não houve nenhuma transgressão legal ou contratual na oferta de fusão."
Segundo ele, Diniz não procurou sócios. "Ele estava só conversando. Tentou conversar com o Casino, foi até Paris para isso, mas não foi recebido."

AMIGÁVEL
Para o ex-ministro, a comparação com golpe de Estado não faz o menor sentido porque a oferta feita pelo BTG Pactual é "amigável".
"Não é uma coisa ditatorial. O foro da democracia é a eleição. O foro empresarial é a assembleia de acionistas. A oferta terá de ser aprovada pelos acionistas."
Já houve pelo menos um caso parecido com a oferta feita nesta semana, segundo Bastos, e o Casino não reclamou. Ele cita a compra das Casas Bahia por Diniz.
De acordo com o advogado, na ocasião o negócio só foi apresentado aos franceses quando estava praticamente concluído. (MCC)


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