São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Chinesa quer vender 620 mil carros no Brasil

Meta de exportação da montadora JAC é para dez anos; vendas começam em março de 2011

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

A montadora chinesa JAC anunciou ontem que exportará 620 mil unidades ao Brasil dentro dos próximos dez anos. É a sexta marca do gigante asiático a disputar o mercado de automóveis nacional.
O anúncio é resultado de um acordo com o grupo SHC, que se encarregará de montar a rede de vendas. Até dezembro deste ano deverão ser entregues as primeiras 2.000 unidades.
Mas a comercialização só terá início em março de 2011, ano em que o grupo SHC espera vender 35 mil veículos. Para 2012, a meta é de 50 mil. O mercado brasileiro vendeu 1,88 milhão de unidades nos primeiros sete meses do ano.
Segundo o presidente do SHC, Sérgio Habib, a meta é que a JAC abocanhe 1% do mercado nacional. Para isso, será montada uma rede de 44 concessionárias em 28 cidades brasileiras.
No primeiro ano, serão vendidos seis modelos, incluindo um compacto (J3 Sport) e uma minivan para sete pessoas (J6). Os preços ainda não foram definidos, segundo Habib.
Fundada em 1964, a JAC (Jianghuai Automobile Co.) vendeu 310 mil unidades no ano passado, a maioria no mercado chinês, e faturou US$ 3 bilhões.
É a 26ª maior fabricante do mundo, segundo a Oica (Organização Internacional de Fabricantes de Veículos).
A montadora é considerada de porte médio na China. No ano passado, quando o país ultrapassou os EUA como o maior mercado de automóveis do mundo (13,5 milhões de unidades vendidas), a JAC não ficou entre as dez maiores em produção.

FÁBRICA
Das seis montadoras chinesas desembarcando no Brasil, apenas a Chery, que já atua no país com veículos importados, anunciou a instalação de uma fábrica.
A 22ª maior montadora mundial planeja inaugurar em 2013 uma unidade de US$ 700 milhões em Jacareí (SP), com capacidade para 170 mil unidades anuais.
As outras marcas chinesas no mercado brasileiro são Hafei, Jinbei, Effa e Chana.
O crescimento na importação de veículos deve reforçar a tendência brasileira de comprar produtos manufaturados da China, desde o ano passado o principal parceiro comercial do país.
Por outro lado, a maioria das exportações brasileiras à China se concentra em matérias-primas, principalmente minério de ferro e soja.


Texto Anterior: Folha é o jornal mais confiável, diz pesquisa
Próximo Texto: Commodities: Potash afirma que BHP tem comportamento "antiético"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.