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VAIVÉM
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Importar algodão já é mais favorável, diz Cepea
O algodão mantém forte
aceleração de preço no mercado interno e continua sendo negociado por valores
próximos do recorde de
2004. Resultado: para algumas indústrias, já é mais viável importar do que pagar os
valores praticados no mercado interno.
Na avaliação do Cepea
(Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada),
que acompanha diariamente
as cotações do produto, "os
atuais preços domésticos
atingiram o patamar da paridade de importação, chegando mesmo a ultrapassá-lo,
dependendo da condição da
empresa importadora, da localização, da possibilidade
de drawback etc.".
A alta do algodão, que já
acumula 37,5% neste mês no
mercado interno, se deve a
baixos estoques, tanto no
Brasil como no exterior.
Além de oferta menor no Brasil, o mercado convive com a
previsão de queda na safra
paquistanesa devido às recentes enchentes no país.
Muitas empresas deixaram para se abastecer no período de safra, mas não encontram os volumes desejados de algodão para a formação de estoques.
Agora, mesmo com oferta
interna restrita, estão indo ao
mercado e dando sustentação aos preços.
O Indicador do Cepea de
algodão em pluma para pagamento em oito dias já subiu 65,3% neste ano. Ontem,
o produto atingiu R$ 2,24 por
libra-peso (454 gramas) para
pagamento em oito dias.
Em Nova York, o algodão
atingiu US$ 0,89 por libra-peso na Bolsa de mercadorias. Esse valor supera em
8,2% o de há um mês e em
54,2% o de há um ano.
Perda milionária
As condições precárias dos
portos brasileiros provocam frequentes cancelamentos de navios, o que
tem trazido prejuízos de até
US$ 200 milhões ao setor de
couro, diz Wolfgang Goerlich, do CICB (entidade do
setor de couro).
Convocação Joesley
Mendonça Batista, do JBS, e
José Sergio Gabrielli, da Petrobras, vão ser chamados
ao Senado para debater o
tema "nível de endividamento com o BNDES", conforme requerimento de iniciativa do senador José Bezerra (DEM/RN).
Menos trigo A produção mundial de trigo cai para 646 milhões de toneladas
neste ano, segundo a FAO
(Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e
a Alimentação), devido à
safra menor na Rússia por
causa da seca. A queda é de
5% em relação a 2009.
Exportações Aproveitando a quebra mundial de safra, as cooperativas do Paraná querem exportar trigo da safra 2010.
O objetivo é conseguir
maior liquidez no mercado e remuneração melhor
para o produtor, segundo
a Ocepar.
Exportação cresce e EUA
devem obter US$ 113 bi
Os Estados Unidos estão
exportando mais do que previam no setor do agronegócio. Com isso, as receitas com
as vendas externas do setor
devem somar US$ 113 bilhões
no ano fiscal de 2011 (término
em 30 de setembro de 2011).
Se confirmados, esses dados apontam evolução de 5%
sobre as receitas de 2010.
Quando comparadas às de
2009 -ano ainda afetado pela crise mundial-, as exportações dos norte-americanos
mostram aumento de 17%.
Os dados são do Usda (Departamento de Agricultura
dos EUA) e, se confirmados,
elevam o saldo do agronegócio a US$ 31,5 bilhões.
As exportações de soja em
grãos devem atingir US$ 15,2
bilhões no período.
Com KARLA DOMINGUES
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