São Paulo, quinta-feira, 01 de setembro de 2011

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Em dez anos, China importará 85 mi de toneladas

DO ENVIADO À CHINA

Após visitar lavouras chinesas, Glauber Silveira, presidente da Aprosoja (reúne os produtores de soja e milho de Mato Grosso) está aliviado.
A China não será grande produtora de soja, mas sempre será importadora. A compra de milho também poderá se tornar normal.
Tom Lin Tan, executivo da Hope Full Investiments, tem os números que aliviam os brasileiros. A produção chinesa é de 14 milhões de toneladas, e feita em áreas marginais. A produtividade fica em 2.000 quilos por hectare, 33% menor que a do Brasil.
Já as importações chinesas, que estão em 53 milhões de toneladas por ano, chegarão a 85 milhões em dez anos.
Grande parte dessa soja sairá de Mato Grosso, o principal produtor brasileiro. Com produção próxima de 30 milhões de toneladas de grãos, o Estado poderá atingir 60 milhões com a utilização de pastagens degradadas, diz Carlos Fávaro, diretor da Aprosoja.
A compra chinesa e as vendas brasileiras passam, no entanto, pela barreira da logística. A ineficiente estrutura brasileira sustenta os preços elevados da soja no mundo, ampliando os ganhos dos concorrentes, diz Silveira.
Os chineses gastam US$ 35 para transportar, por 1.400 quilômetros, uma tonelada de soja ensacada. Os produtores brasileiros gastam US$ 100 pelo mesmo percurso para o produto a granel. (MZ)


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