São Paulo, quinta-feira, 01 de setembro de 2011 |
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commodities Por soja, China fará 'logística' no Brasil Demanda por oleaginosa cresce e grupos chineses querem desenvolver projetos em sociedade com brasileiros Empresas chinesas mostram interesse em investir em portos e ferrovias com o objetivo de receber alimentos MAURO ZAFALON ENVIADO ESPECIAL À CHINA Modernas rodovias cortam as áreas agrícolas chinesas. Das estradas, pode-se ver a concentração de guindastes em vários desses campos. A agricultura perde espaço para as indústrias, que exigem também a formação de novos bairros residenciais. Essa redução de área agrícola pode estar próxima de 100 mil hectares por ano, segundo algumas avaliações. Industrialização crescente e elevação de renda da população colocam novos consumidores no mercado. Como a produção de importantes produtos para o país, como o milho, evolui 3% ao ano, mas o consumo cresce 5%, o país terá um gargalo à frente. Cientes da demanda crescente por alimentos, os chineses miram o Brasil. Depois de várias tentativas de participação no mercado brasileiro, que foram da produção própria à compra direta de grãos dos agricultores, aprenderam que o "custo Brasil" exige uma tática diferente. Agora, os chineses dão sinais de que, para ter a garantia de alimentos, devem formar empresas com brasileiros na área de logística -portos, transportes etc. Foi o que manifestaram a produtores da Aprosoja (que reúne produtores de soja e de milho de Mato Grosso), que estiveram em visita àquele país asiático há uma semana. A necessidade chinesa é grande, e o Brasil deve se aproveitar desse apetite. É hora, no entanto, de o país não colocar apenas a matéria-prima nas negociações, mas também produtos de maior valor agregado. As metas das empresas chinesas são ambiciosas. O grupo Hope Full, que fornece 60% do óleo de soja de Pequim e tem moagem de 3 milhões de toneladas de soja por ano, se prepara para moer 8 milhões. É um dos interessados em investir em logística no Brasil. A Shiyang Group, criada como produtora de ração, entrou em toda a cadeia de carnes, da produção ao varejo. Deve faturar 6 bilhões de yuans em 2014 (R$ 1,5 bilhão). Para chegar aos supermercados chineses, essas empresas passam pelo fornecimento de grãos do Brasil. O jornalista MAURO ZAFALON viajou a convite da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e de Milho de MT). Texto Anterior: Caso Zara: Deputados pressionam a abertura de CPI do trabalho escravo em SP Próximo Texto: Em dez anos, China importará 85 mi de toneladas Índice | Comunicar Erros |
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