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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Setor de máquina pede tarifa maior de importação
A diretoria da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) decidiu em reunião
na quarta-feira retomar a
pressão no governo para elevar a tarifa de importação de
alguns itens usados pelas indústrias de bens de capital.
A ideia é frear o que chamam de processo de "desindustrialização" e "desnacionalização" do parque fabril.
A proposta a ser levada ao
ministro da Fazenda, Guido
Mantega, prevê a alta do Imposto de Importação para
350 itens de um total de 1.400
da lista de NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul).
Estudo da associação mostra que nesse grupo de itens
há invasão de importações.
A proposta prevê a elevação crescente das tarifas de
importação para a lista de
produtos, segundo José Velloso, vice-presidente da Abimaq. "A nossa proposta será
a de onerar mais os produtos
acabados e menos os componentes", afirma.
Hoje, a alíquota máxima
no setor é de 14% e a mínima
é de 2%, no caso dos itens para os quais o governo concede o chamado ex-tarifário.
O plano da associação seria elevá-la a 30% para os
produtos mais próximos ao
final da cadeia.
Os itens intermediários ficariam com alíquota de importação entre 18% e 20% e a
matéria-prima, com 14%.
A associação prevê entregar a proposta ao governo em
até um mês.
ESTRADA
Assume hoje a direção-geral da Scania no Brasil
Roberto Leoncini, que
ocupava a diretoria de
vendas de veículos.
Sua meta, afirma, é ampliar o trabalho de aproximação com os setores que
são clientes da empresa,
"para entender suas reais
necessidades".
O trabalho auxiliará a
definição de novos modelos que serão introduzidos
no mercado brasileiro, o
maior para a Scania em todos os produtos que fabrica, como caminhões, ônibus e motores.
"Temos um bom trabalho nesse sentido junto à
indústria de mineração e
ao agronegócio." A Scania tem hoje cerca de cem
concessionárias no Brasil,
que atuarão no mapeamento da demanda.
No campo A demanda de
executivos para alto escalão
das empresas de agribusiness
do país teve crescimento de
30% de janeiro a setembro,
ante o mesmo período de
2009, segundo levantamento
da Abrahams Executive
Search, consultoria especializada em recrutamento de executivos para agribusiness.
Impressão A indústria
gráfica Baumgarten, de Blumenau (SC), amplia seu parque industrial e une três unidades em uma só planta. Serão investidos R$ 20 milhões
em equipamentos e tecnologia. O parque será construído
em área de 254 mil m2 e deve
ser concluído até dezembro.
Pagamentos... Regulação do mercado de cartões,
concessão de crédito, endividamento e outros temas serão
discutidos no 5º CMEP (Congresso Brasileiro de Meios Eletrônicos de Pagamento), em
São Paulo, em outubro.
...com cartão O encontro, que terá a presença de Delfim Netto, também apresentará pesquisa de satisfação com
meios eletrônicos de pagamento, realizada pelo Datafolha. O evento é organizado pela Abecs (associação do setor)
e pela Febraban.
Novo G A 3G Americas, associação setorial que representa celulares GSM e suas
evoluções, ganha mais um
"G" em seu nome para se adequar à tecnologia 4G. A entidade representa fabricantes, fornecedores e operadoras do setor de telecomunicações.
Metal Em agosto, pela primeira vez no ano, não foi registrado roubo de cobre no setor. Desde janeiro, foram desviadas 242 toneladas do metal,
ante 496 no mesmo período de
2009. O prejuízo ultrapassa R$
4 milhões, ante R$ 6,8 milhões
em 2009, segundo o Sindicel.
Eletroeletrônicos registram queda pelo 10º mês consecutivo
O preço dos equipamentos
eletroeletrônicos não para de
cair. Esses itens registraram
retração de 0,76% em agosto, segundo o IPV (Índice de
Preços no Varejo), da Fecomercio SP. Foi a décima queda consecutiva.
No acumulado do ano, os
preços do setor acumulam
deflação de 9,46%.
A queda do preço desses
produtos se deve à concorrência desleal com o comércio informal, segundo Julia
Ximenes, assessora econômica da Fecomercio SP.
"O comércio legal, sobrecarregado com os impostos,
não tem como competir com
os produtos vendidos irregularmente", afirma.
Além disso, a constante
inovação tecnológica torna
os equipamentos rapidamente ultrapassados, reduzindo o seu valor, segundo
Ximenes.
Entre os produtos eletroeletrônicos, aqueles que têm
registrado as maiores quedas
são os do setor de informática e telefonia, como notebooks e smartphones.
Na comparação com o mês
anterior, os preços médios
desses produtos ficaram, respectivamente, 1,23% e 1,70%
mais baixos em agosto.
Eólica atrai grandes consumidores
A energia eólica começa a
mostrar preços mais atraentes e ganhar espaço entre os
grandes consumidores de
energia em contratos de longo prazo.
A participação dela ainda
é limitada. Não seria suficiente para abastecer todo o
mercado livre, das grandes
indústrias que consomem
mais de 3 MW e representam
cerca de 25% do consumo de
energia no país.
Seu preço, entretanto, está
bem atraente, em cerca de R$
135 por MWh, conforme o resultado do último leilão, realizado neste ano.
"Em contratos de longo
prazo de energia de grandes
hidrelétricas, por exemplo, o
MWh sai a cerca de R$135.
Mas a eólica tem a vantagem
de um desconto de tarifa de
transporte, por ser renovável", afirma Marcelo Parodi,
sócio da comercializadora de
energia Compass.
O avanço na competitividade da eólica é creditado a
razões como a evolução tecnológica e o incentivo do governo, segundo Antônio Fraga Machado, presidente da
Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica.
A realização de projetos
como o Proinfa (programa do
governo para estimular fontes renováveis) e os leilões de
2009 e deste ano resultaram
em redução gradativa no
custo da eólica, diz ele.
"Em 2003, no Proinfa o
custo do MWh ficou na casa
dos R$ 200. Em 2009, o leilão
ficou em torno de R$ 145. No
deste ano, caiu para R$ 135."
A eólica é mais competitiva que outras formas ofertadas, segundo Lúcio Reis, da
Anace (associação de consumidores de energia).
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES e AGNALDO BRITO
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