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Europa investigará se Google privilegia seus serviços em buscas
Queixa partiu de empresas de comparação de preço; comissão diz não ter prova de violações
JAMES KANTER
ERIC PFANNER
DO "NEW YORK TIMES", EM BRUXELAS
A principal agência antitruste da Europa iniciou ontem uma investigação sobre
o Google, a fim de examinar
alegações de que o gigante
da internet havia abusado de
sua posição dominante no
mercado de buscas on-line.
A decisão se segue a queixas de companhias especializadas do ramo de buscas sobre "tratamento desfavorável de seus serviços nos resultados de busca não pagos
e patrocinados do Google",
informou a Comissão Europeia em comunicado.
A comissão anunciou que
averiguaria se o Google pode
ter dado aos seus serviços
"colocação preferencial" nos
resultados de busca.
Além desse serviço, o Google opera número crescente
de outros negócios on-line,
como mapas, tradução, vídeo e comércio, muitos dos
quais, como o de buscas, são
bancados por publicidade.
Os EUA já examinam aquisições e atividades do Google
em busca de indicações de
que abuso de poder de mercado, mas não abriram processos formais. O Google
também enfrenta ações antitruste em Itália, Alemanha e
França. E recebeu críticas em
outras frentes, como a de
proteção a direitos autorais,
em diversos países europeus.
Em seu comunicado, a Comissão Europeia afirmou que
não tinha "prova de violações". A investigação surgiu
das queixas de três empresas: Foundem, um serviço
britânico de comparação de
preços; Ciao, um serviço alemão de comparação de preços controlado pela Microsoft; e eJustice, um serviço
francês de buscas jurídicas.
OUTRO LADO
Em nota, o Google afirmou
que havia se esforçado para
fazer "o certo" para seus
usuários e para o setor, como
"garantir que os anúncios estejam sempre claramente
identificados, facilitar que
usuários e anunciantes possam levar seus dados com
eles quando trocam de serviços, e investir pesadamente
em projetos de fonte aberta".
"Mas sempre haverá como
melhorar, e por isso trabalharemos com a comissão para
resolver quaisquer preocupações", acrescentou.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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