São Paulo, quarta-feira, 01 de dezembro de 2010

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Europa investigará se Google privilegia seus serviços em buscas

Queixa partiu de empresas de comparação de preço; comissão diz não ter prova de violações

JAMES KANTER
ERIC PFANNER
DO "NEW YORK TIMES", EM BRUXELAS

A principal agência antitruste da Europa iniciou ontem uma investigação sobre o Google, a fim de examinar alegações de que o gigante da internet havia abusado de sua posição dominante no mercado de buscas on-line.
A decisão se segue a queixas de companhias especializadas do ramo de buscas sobre "tratamento desfavorável de seus serviços nos resultados de busca não pagos e patrocinados do Google", informou a Comissão Europeia em comunicado.
A comissão anunciou que averiguaria se o Google pode ter dado aos seus serviços "colocação preferencial" nos resultados de busca.
Além desse serviço, o Google opera número crescente de outros negócios on-line, como mapas, tradução, vídeo e comércio, muitos dos quais, como o de buscas, são bancados por publicidade.
Os EUA já examinam aquisições e atividades do Google em busca de indicações de que abuso de poder de mercado, mas não abriram processos formais. O Google também enfrenta ações antitruste em Itália, Alemanha e França. E recebeu críticas em outras frentes, como a de proteção a direitos autorais, em diversos países europeus.
Em seu comunicado, a Comissão Europeia afirmou que não tinha "prova de violações". A investigação surgiu das queixas de três empresas: Foundem, um serviço britânico de comparação de preços; Ciao, um serviço alemão de comparação de preços controlado pela Microsoft; e eJustice, um serviço francês de buscas jurídicas.

OUTRO LADO
Em nota, o Google afirmou que havia se esforçado para fazer "o certo" para seus usuários e para o setor, como "garantir que os anúncios estejam sempre claramente identificados, facilitar que usuários e anunciantes possam levar seus dados com eles quando trocam de serviços, e investir pesadamente em projetos de fonte aberta".
"Mas sempre haverá como melhorar, e por isso trabalharemos com a comissão para resolver quaisquer preocupações", acrescentou.


Tradução de PAULO MIGLIACCI


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