São Paulo, domingo, 02 de janeiro de 2011

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Instituto analisa hoje pedidos que foram feitos oito anos atrás

DE SÃO PAULO

Responsável pelo exame de pedidos de patentes no Brasil, o Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) tem hoje um grande gargalo: a diferença entre o número de depósitos e sua capacidade de exame.
O órgão, com 273 examinadores -todos com título mínimo de mestrado-, tem 154 mil pendências. O resultado é uma fila de pedidos de patentes que, até 2009, ultrapassava nove anos.
"Estamos examinando hoje os pedidos feitos em 2002. O atraso é complicado porque estamos analisando tecnologias de videocassete sendo que já chegamos à era do Blu-ray", diz Julio de Oliveira, diretor de administração de serviços do Inpi.
Algumas empresas acumulam centenas de pedidos de patentes. É o caso da Microsoft, que, de acordo com Oliveira, tem 211 depósitos pendentes.
A empresa não confirmou o número e se limitou a dizer em nota que "escritórios de patentes em todo o mundo enfrentam grandes desafios para acompanhar a demanda decorrente da quantidade e da complexidade dos pedidos de patentes".
Os primeiros passos para a eliminação do gargalo, segundo Oliveira, já começam a ser dados. Contratação de mais revisores -serão 600 até 2012-, informatização dos processos de patentes e revisão dos procedimentos internos estão na pauta. O objetivo é reduzir o tempo de análise para quatro anos. (CF)


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