São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2011

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Empresas compram até 40% dos tablets

Aquisições corporativas de iPad e Galaxy devem chegar a 120 mil aparelhos no Brasil; escolas e vendedores lideram onda

Para substituir notebook, ainda falta câmera potente, teclado sem fio e entrada USB universal, diz crítico


Cris Komesu -18.02.11/Folhapress
Representantes de vendas do laboratório EMS com iPads, na Drogasil

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

Empresas brasileiras devem comprar entre 90 mil e 120 mil tablets ao longo de 2011 no país.
Segundo estudo da consultoria IDC Brasil, o volume representará entre 30% e 40% do total projetado para o mercado nacional, de 300 mil aparelhos.
Entre os principais apelos de aparelhos como o iPad, da Apple, e o Galaxy Tab, da Samsung, estão tela grande, possibilidade de conexão 3G e a capacidade de rodar vídeos e fotos.
"A procura está vindo principalmente de empresas que usam o tablet como catálogo de produtos ou para automatizar a força de vendas", afirma Fabio Gaia, presidente da Officer, distribuidora para o setor corporativo.
Segundo Gaia, 50% das vendas da Officer -que atende empresas e varejistas- já são feitas diretamente para corporações.
Parte da demanda virá do segmento educacional. A escola internacional Chapel School, sediada em São Paulo, comprou 30 iPads para a criação de um laboratório pedagógico, a ser usado por alunos de 3 a 15 anos.
A intenção é usar os aparelhos conectados à rede de internet sem fio para tornar interativo o ensino de disciplinas tradicionais.
"É uma ferramenta interessante para tornar o ensino muito mais atraente. O uso de formas geométricas no ensino de matemática, por exemplo, ajuda a motivar os alunos", afirma o diretor John Ciallelo.
A escola, com 700 alunos, espera agora o lançamento da versão 2 do iPad para pedir outro lote de equipamentos para outro laboratório.
Para os analistas, existe mercado também entre as pequenas e médias empresas e profissionais liberais.

NOVA GERAÇÃO
Embora despertem interesse corporativo -seja por puro marketing ou para uso real de mobilidade-, os tablets não devem desbancar os notebooks tão rápido.
"Para isso acontecer, uma nova geração de tablets ainda precisará surgir com funções mais amigáveis para as demandas corporativas, como teclado sem fio e câmera potente", afirma Luciano Crippa, da IDC.
A esperança é que parte dessas necessidades seja atendida pela segunda versão do iPad, cujo lançamento é esperado para hoje.
Como parte da bolsa de apostas, espera-se que a Apple inclua duas câmeras, sistema operacional Mac para tornar o iPad mais rápido e, principalmente, uma entrada USB universal para acoplar diversos equipamentos.
Ao longo do primeiro semestre, uma enxurrada de tablets deve invadir o mercado, muitos com foco corporativo, como o aparelho da RIM, fabricante do BlackBerry, HP, Motorola e Asus.
Empresas devem abocanhar pelo menos 25% das vendas mundiais de tablets no ano, ou 12 milhões de aparelhos, segundo a Deloitte.
Entre consumidores finais e empresas, a IDC estima vendas de 44,6 milhões de tablets no mundo neste ano.


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