São Paulo, segunda-feira, 02 de maio de 2011

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FINANÇAS PESSOAIS

MARCIA DESSEN marcia.dessen@bmibrasil.com.br

Com IOF maior, ficou mais caro usar cartão de crédito no exterior

O dólar cotado na faixa de R$ 1,60 e preços muito mais baratos dos que os praticados no Brasil são um convite e tanto para viajar e fazer compras no exterior.
Para tentar frear um pouco os gastos com turismo e aumentar a arrecadação de impostos, o governo aumentou em quatro pontos percentuais o IOF que incide sobre os gastos no exterior pagos com cartão de crédito.
Mas existem outras formas de pagamento isentas desse tributo e que permitem reduzir em até 6% as despesas da sua próxima viagem.
Hoje em dia a maioria dos cartões de crédito é internacional e sua utilização no exterior é idêntica em todos os lugares do mundo.
Vantagens: amplo limite, possibilidade de financiamento, segurança, ampla rede de estabelecimentos e pontuação no programa de benefícios.
Desvantagens: IOF de 6,38% sobre o saldo de compras; risco de oscilação desfavorável na taxa de câmbio, já que as despesas pagas com cartão são convertidas em reais na data do vencimento da fatura, e não na data da compra. Fique atento à taxa de câmbio adotada pela operadora para a conversão da moeda.

CARTÃO DE DÉBITO
É simples e prática a utilização do cartão bancário comum (o de débito) em agências do exterior ou nos chamados caixas automáticos ATM (Any Time Money), semelhante à rede 24 horas disponível no Brasil. Vantagens: sacar moeda local evitando trocas ao longo do caminho com taxa de câmbio desfavorável a você.
Alguns cartões de débito também podem ser usados para pagar as compras em muitos países. IOF de 0,38%.

CARTÃO PRÉ-PAGO
Cartão magnético comprado no Brasil, carregado com a quantidade definida de moeda. De posse de uma senha, é possível fazer saques ou utilizá-lo para fazer compras.
Os saques são feitos nos caixas eletrônicos em moeda local, ao câmbio do dia.
Vantagens: saber quanto vai custar, em reais, a viagem e as compras feitas no exterior, pois o saldo carregado é convertido em reais no momento da compra do cartão, eliminado o risco da flutuação da moeda estrangeira.
Desvantagens: dispor antecipadamente do dinheiro que será gasto na viagem; parcelamento não disponível. IOF de 0,38%.

TRAVELLER CHECKS
Cheques de viagem comprados em bancos mediante a apresentação de RG, CPF, passagem aérea e passaporte. São assinados pela primeira vez no recebimento dos cheques no Brasil e, pela segunda vez, na hora de trocá-los, no país de destino.
Vantagens: são reembolsáveis pela emissora no caso de perda ou de roubo.
Desvantagens: exige disponibilidade de caixa adiantada; menor aceitação nos estabelecimentos.

DINHEIRO
Dinheiro vivo é, naturalmente, uma opção.
Entretanto, evite riscos desnecessários e leve consigo somente a quantia necessária para despesas menores, evitando carregar grande quantidade de moeda.
Quando precisar de mais dinheiro, faça saques utilizando o cartão de débito em conta-corrente em qualquer um dos inúmeros caixas automáticos que você vai encontrar pelo caminho.

VEJA OS CUSTOS
Milagre não existe e nenhum desses serviços é gratuito. Informe-se com o seu banco quais são os custos de cada uma das transações disponíveis e planeje com antecedência para que tudo corra perfeitamente, com o menor custo possível.
Antes de viajar, avise o seu banco e a administradora dos cartões o período durante o qual eles serão utilizados no exterior.
Para evitar fraudes e garantir a segurança dos usuários, as transações que fogem do padrão tradicional do consumidor são analisadas e, muitas vezes, recusadas.
Boa viagem!

MARCIA DESSEN, Certified Financial Planner, é sócia e diretora-executiva do BMI Brazilian Management Institute, professora convidada da Fundação Dom Cabral e cofundadora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.


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