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Governo aposta em acordos de livre comércio
DO RIO
Para consolidar relações econômicas com a
África, o governo Lula
aposta no tratado de livre
comércio negociado entre
Mercosul e Egito e tenta
ampliar o acordo de preferências com a Sacu (União
Aduaneira da África Austral), pendente de ratificação pelo Congresso.
Segundo o secretário de
Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, essa ampliação será discutida pelo ministro Miguel
Jorge com o colega sul-africano, Rob Davies, durante a viagem de Lula,
que incluirá outros seis
países.
Barral destaca a diversidade das vendas industriais ao continente, que
vão de caminhões a alimentos processados, como medida de sua importância comercial.
Segundo ele, a criação
do Eximbank brasileiro,
anunciada em março e
ainda a ser regulamentada, deverá ampliar o financiamento às exportações de serviços, tornando
as empresas brasileiras
mais competitivas também na África.
IMPACTO
Tanto Barral como Piragibe Tarragô, subsecretário-geral do Itamaraty responsável pela região, sustentam que a ofensiva diplomática teve impacto na
promoção comercial -as
viagens do presidente em
geral incluem encontros
empresariais.
"É difícil mensurar a relação de causa e efeito,
mas é inegável que o melhor relacionamento político facilita as coisas", disse Tarragô.
Barral cita o aumento
recente das compras de
países nos quais o governo
Lula abriu embaixadas,
como Togo e Mauritânia.
Para o secretário de Comércio Exterior, é importante fincar a bandeira em
locais que passam por
consolidação institucional. "Quem estiver lá estará na frente no futuro."
O embaixador Rubens
Ricupero não se opõe à
criação das embaixadas
-"os países todos estão
muito presentes"-, mas
diz que o problema é torná-las funcionais: "Ninguém quer ir para a África". Em muitas das novas
missões há apenas um diplomata.
(CA)
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