São Paulo, sexta-feira, 02 de julho de 2010

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Governo aposta em acordos de livre comércio

DO RIO

Para consolidar relações econômicas com a África, o governo Lula aposta no tratado de livre comércio negociado entre Mercosul e Egito e tenta ampliar o acordo de preferências com a Sacu (União Aduaneira da África Austral), pendente de ratificação pelo Congresso.
Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, essa ampliação será discutida pelo ministro Miguel Jorge com o colega sul-africano, Rob Davies, durante a viagem de Lula, que incluirá outros seis países.
Barral destaca a diversidade das vendas industriais ao continente, que vão de caminhões a alimentos processados, como medida de sua importância comercial.
Segundo ele, a criação do Eximbank brasileiro, anunciada em março e ainda a ser regulamentada, deverá ampliar o financiamento às exportações de serviços, tornando as empresas brasileiras mais competitivas também na África.

IMPACTO
Tanto Barral como Piragibe Tarragô, subsecretário-geral do Itamaraty responsável pela região, sustentam que a ofensiva diplomática teve impacto na promoção comercial -as viagens do presidente em geral incluem encontros empresariais.
"É difícil mensurar a relação de causa e efeito, mas é inegável que o melhor relacionamento político facilita as coisas", disse Tarragô.
Barral cita o aumento recente das compras de países nos quais o governo Lula abriu embaixadas, como Togo e Mauritânia.
Para o secretário de Comércio Exterior, é importante fincar a bandeira em locais que passam por consolidação institucional. "Quem estiver lá estará na frente no futuro."
O embaixador Rubens Ricupero não se opõe à criação das embaixadas -"os países todos estão muito presentes"-, mas diz que o problema é torná-las funcionais: "Ninguém quer ir para a África". Em muitas das novas missões há apenas um diplomata. (CA)


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