São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2011

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Desânimo sobre economia dos EUA faz moeda subir

GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO

A queda das Bolsas de Valores pelo mundo deu força para que o dólar iniciasse o mês em alta.
Ontem, a moeda dos EUA subiu 0,57%, para R$ 1,563, retomando o aumento visto na semana anterior, após o anúncio de novas medidas do governo para conter a desvalorização --o dólar chegou a R$ 1,53 antes da divulgação.
A elevação da taxa de câmbio foi puxada pelo movimento de baixa no mercado de ações após a divulgação, nos Estados Unidos, de indicadores ruins sobre a indústria.
A atividade do setor manufatureiro atingiu em julho o pior nível desde o fim oficial da recessão no país, em meados de 2009.
O indicador levantou novamente preocupações sobre o ritmo de crescimento da economia norte-americana, após a divulgação, na sexta passada, de um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) abaixo do esperado.
O dado ofuscou o ânimo dos investidores com o acordo para elevar o teto da dívida dos EUA, anunciado no domingo por Barack Obama.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) terminou o dia em queda de 0,49%, aos 58.535 pontos. Nos EUA, o Dow Jones se recuperou em parte no final da sessão e caiu apenas 0,09%.
As Bolsas europeias também caíram: Londres teve baixa de 0,70%; em Frankfurt, a queda foi de 2,86%.
"Hoje [ontem], o que mais impulsionou a alta do dólar foi mesmo a queda das Bolsas pelo mundo", afirmou Felipe Pellegrini, gerente da mesa do banco Confidence.
Para ele, porém, a tendência para a moeda americana continua sendo de queda.
"As medidas do governo surtiram algum efeito, mas não vão segurar o dólar. Ele continua com uma tendência bem forte de queda, não só diante do real."


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