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MG discute impactos de hidrelétrica Aimorés
MPF criou comissão de conciliação para debate
FILIPE MOTTA
DE SÃO PAULO
O Ministério Público Federal criou uma comissão de
conciliação para discutir o
cumprimento de condicionantes sociais e ambientais
da hidrelétrica Aimorés.
Inaugurada há mais de
quatro anos por um consórcio entre Vale e Cemig, a usina fica em Minas Gerais, na
divisa com o Espírito Santo.
A comissão terá representantes das prefeituras, dos moradores e do consórcio.
Com o empreendimento,
agricultores que plantavam
em ilhas do rio Doce perderam suas atividades.
Em Itueta (MG) -6.074 habitantes-, comerciantes reclamam porque ficaram distantes do porto que sustentava a cidade, reconstruída a
14 km da margem do rio.
O represamento e o desvio
da água fizeram com que o
trecho de 12 km do rio que
passa por Aimorés -24,8 mil
moradores- fosse reduzido
a um filete. "Onde era rio, há
lama, mato e areia", diz a advogada Giovanna Menezes,
representante dos atingidos.
Segundo o Ministério Público e os moradores, os empreendedores haviam se
comprometido a manter "um
espelho d'água" no trecho.
No projeto, o consórcio construiu inclusive mirantes turísticos às margens do rio.
A assessoria do consórcio
afirma que um estudo realizado posteriormente mostrou que a instalação era inviável. Diz ainda que, por características geológicas, o
trecho do rio em Aimorés
sempre foi seco.
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