São Paulo, quarta-feira, 02 de novembro de 2011

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Venda de veículos recua 10,1% em outubro

Em outubro, segundo dados obtidos pela Folha, foram comercializados 263,8 mil veículos, menos do que setembro
Saldo no ano tem alta de 5,1%; total comercializado chega a 2,792 milhões de unidades no período

TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO

As vendas de automóveis e comerciais leves novos no país, incluindo importados, caíram 10,1% em outubro na comparação com setembro, segundo dados de emplacamentos veículos obtidos ontem pela Folha.
Ao todo, foram comercializadas 263,8 mil unidades no mês, ante as 290,4 mil do período anterior. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a redução chegou a 8,3%, segundo dados do setor.
A Fenabrave, a federação nacional da distribuição de veículos, divulga amanhã os dados oficiais de vendas e a expectativa do setor para o comércio no fim do ano.
No acumulado de janeiro a outubro, quando foram emplacados 2,792 milhões de carros, os licenciamentos tiveram expansão de 5,1% ante igual período em 2010.
A Fiat manteve a liderança do mercado, seguida por Volkswagen e GM (General Motors) na análise mensal e no acumulado do ano. O desempenho do setor automotivo pode ter sido influenciado pelo anúncio, no dia 15 de setembro, da elevação de 30 pontos percentuais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos que tenham menos de 65% de conteúdo nacional.
A majoração foi a saída encontrada pelo governo federal para fortalecer a indústria nacional diminuindo a concorrência com os importados.
A medida passou a valer no dia seguinte, mas o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu no dia 20 passado, por unanimidade, que o aumento somente poderá entrar em vigor a partir da segunda quinzena de dezembro. O tribunal também entendeu que a decisão tem efeito retroativo, ou seja, aqueles contribuintes que compraram carro com o tributo já corrigido deverão receber a diferença de volta.
Eles consideram que é inconstitucional a entrada imediata em vigor da regra ao entender que qualquer mudança do imposto deve respeitar o prazo de 90 dias para alteração de impostos.
Também em outubro, algumas montadoras ameaçaram reduzir a produção e iniciar demissões. O governo reagiu e convocou reuniões com os representantes das empresas para garantir a continuidade da produção de automóveis.
Com relação aos importadores, a suspensão do aumento do IPI até 15 de dezembro não deverá contribuir muito para a formação de estoques. Segundo o governo federal, a alíquota maior será mantida até o fim de 2012.


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