São Paulo, quarta-feira, 02 de novembro de 2011

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Quatro fazendas da Boi Gordo vão a leilão para pagar credores

Propriedades estão avaliadas em R$ 17 mi; grupo deixou dívidas de R$ 2,2 bi em 2004

LEANDRO MARTINS

DE RIBEIRÃO PRETO

Quatro propriedades que pertencem à massa falida da Fazendas Reunidas Boi Gordo, que quebrou em 2004 e deixou cerca de 30 mil credores, irão a leilão judicial.
Avaliadas em R$ 17 milhões, as fazendas do grupo serão leiloadas com o objetivo de levantar fundos para pagar os credores. A empresa deixou dívidas estimadas, na época, em R$ 2,2 bilhões.
Já na próxima segunda-feira, duas fazendas -Alteza 1 e 2, localizada em Cáceres (MT), e Primavera, em Poconé (MT)- serão leiloadas. No dia 24, vão a leilão as fazendas Vale do Sol 2, em Salto do Céu (MT), e Realeza, em Itapetininga (SP). A propriedade da cidade paulista está avaliada em quase R$ 14 milhões.
O leiloeiro oficial, Sérgio Freitas, diz que o valor arrecadado pode passar dos R$ 20 milhões.
Para focar no público-alvo do leilão -pecuaristas e empresas que atuam no setor-, a massa falida investiu na divulgação segmentada, como no Canal do Boi, que vai transmitir ao vivo a venda das quatro propriedades.
"Com a divulgação, e como esse mercado também está aquecido, a expectativa é que os leilões atinjam bons valores", disse o promotor de Justiça Eronides Aparecido Rodrigues dos Santos, responsável pelo caso da falência.
Segundo ele, apesar da quebra, as propriedades se mantiveram ativas por meio de arrendamento. Fundada em 1988, a Boi Gordo oferecia a investidores aplicação em animais que, depois de engordados e vendidos, renderiam lucros de até 42% no período de 18 meses -muito acima de outros investimentos na época.


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