São Paulo, quinta-feira, 03 de fevereiro de 2011 |
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Correios prometem dobrar investimento Novo presidente da empresa diz que pretende acabar com gargalos na entrega de correspondências no país Wagner Pinheiro diz que a estatal vai fazer concurso para contratar 9.000 trabalhadores e reformar seu estatuto DE BRASÍLIA O novo presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, diz que vai dobrar os investimentos da estatal neste ano para R$ 500 milhões. Ele afirma que sua missão é acabar com os gargalos na entrega de correspondências no país, que tem apresentado atrasos crônicos. Pinheiro também contou que pretende modernizar o estatuto da companhia, o que permitirá abrir agências no exterior e ter sociedade em empresas de transporte aéreo de carga e logística. Folha - Quais são os gargalos da empresa hoje? Wagner Pinheiro - No curto prazo vamos fazer um concurso para contratar 9.000 trabalhadores, resolver a questão das franquias [o governo tem até 11 de junho para fazer licitação e substituir as agências concedidas sem critério a apadrinhados políticos] e do transporte aéreo. A reforma do estatuto vai facilitar que os Correios tenham parcerias no exterior e possam até abrir agências lá fora. Aqui no Brasil nós poderemos ser sócios minoritários em empresas, vamos poder criar subsidiárias na área de logística. Eventualmente, existe a possibilidade de os Correios serem sócios ou criarem uma subsidiária de transporte aéreo. Uma das ideias do governo era comprar a MTA Linhas Aéreas [empresa investigada no escândalo Erenice Guerra e declarada inidônea pelos Correios neste ano por descumprir contrato]. Não tem conversa com ninguém, um nome específico. Com o novo estatuto nós poderemos ser sócios minoritários de uma nova empresa ou de várias empresas de aviação. Pode ser de uma nova, mas, em tese, o adequado para os Correios é serem sócios minoritários, e não ter uma subsidiária integral. O senhor pegou a empresa sucateada? A empresa opera normalmente, mas temos que avançar bastante. Precisamos dobrar o investimento anual. A gente quer aumentar para algo em torno de R$ 500 milhões. Nos últimos anos não se investiram nem R$ 250 milhões. O governo da presidente Dilma [Rousseff] quer que aprimoremos a gestão, o cotidiano e os instrumentos de controle para evitar desvios éticos, pessoais, que possam contaminar a empresa. O governo é composto por uma série de partidos, entre eles o PMDB. Não tenho dúvidas de que todos os partidos querem isso para os Correios. Isso significa que pode haver indicações do PMDB? São indicações técnicas de pessoas que tenham preparo e currículo adequado para as funções que vão desempenhar. Pode torcer para o Flamengo, Internacional ou Bahia, não se trata de que time torce. O que se trata é do preparo profissional. Texto Anterior: Governo inclui Correios no trem-bala Próximo Texto: Saiba mais: PT assume a empresa depois de disputas políticas Índice | Comunicar Erros |
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