São Paulo, quinta-feira, 03 de junho de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Reforma do estádio do Morumbi enfrenta impasse

As reformas que precisam ser feitas no estádio do Morumbi, para atender às exigências da Fifa, foram orçadas em R$ 630 milhões.
Além do valor alto e da incerteza acerca de que cidade vai abrigar a partida de abertura da Copa 2014, há um impasse a ser enfrentado.
O BNDES financiaria até R$ 400 milhões daquele montante, mas não aceita garantias de clube de futebol. Tampouco as instituições financeiras a quem o banco de fomento repassa o dinheiro costuma aceitá-las.
A saída seria que as garantias contra os recursos fossem dadas pela construtora que fosse tocar a obra, ainda que o faturamento de um clube seja incerto.
Para tanto, a construtora teria de ter a garantia sobre as receitas, que vêm principalmente dos camarotes VIPs e especiais, segundo pessoa ligada ao setor.
O São Paulo F.C., porém, não aceita repassar a administração de suas receitas.
A construtora Camargo Corrêa confirma que o único estádio pelo qual se interessaria é o do Morumbi, por ser de propriedade privada.
A empresa entende que o fato de não envolver orçamento público dá "mais confiabilidade" ao projeto.
A Camargo, porém, não confirma esse impasse relativo às receitas com o clube.
Nos bastidores, a tentativa mais recente é trazer outra construtora para o projeto, de modo a formar um consórcio e reduzir o risco.
"Do jeito que está há risco de 50% de a obra não sair", diz uma pessoa que participa das negociações.
Entre as reformas necessárias à sede do clube, que elevaram o custo da obra de R$ 250 milhões para R$ 630 milhões, estão o rebaixamento do gramado do estádio em mais de três metros, a demolição do anel inferior e parte do intermediário. O Morumbi ficará só com dois anéis.

JARDIM DA INFÂNCIA

A rede de idiomas Wizard, que tem foco em clientes adultos e universitários, mudou de estratégia e quer agora ampliar seu direcionamento ao público jovem e infantil, que hoje representa 15% dos 500 mil alunos para quem a Wizard ensina inglês anualmente.
"A criança tem permanência nos cursos de línguas de três a cinco anos. O adulto fica de um ano a um ano e meio", afirma Carlos Wizard Martins, presidente da rede.
A meta do empresário é que, em quatro anos, esse público represente 30% dos alunos.
A empresa investiu cerca de R$ 20 milhões na proposta, que envolve material didático e recurso para inglês on-line.

"MADE IN PIAUÍ"

A fabricante de bicicletas Houston, do Piauí, quer dar as suas pedaladas pelo Brasil. Com forte presença no Nordeste, a empresa quer consolidar a marca no país e ganhar participação de mercado. Para isso, investe na ampliação do seu parque industrial, em Teresina.
Neste ano, serão aplicados R$ 18 milhões em novas tecnologias, maquinário, automação no processo industrial e ações de marketing.
"As bicicletas já estão em 18 mil pontos de venda em todo o país, mas agora queremos consolidar a marca", diz João Claudino Fernandes Júnior, presidente da Houston.
A meta de Júnior é atingir a produção de 900 mil bicicletas neste ano, ante as 670 mil do ano passado.
A empresa, que fabrica mais de 30 modelos de bicicletas, projeta para este ano crescimento de cerca de 40% no faturamento.

NA BERLINDA

A Federação das Unimeds do Estado de São Paulo aponta que 75% das ações contra as cooperativas em SP são por procedimentos sem cobertura contratual. Cerca de 45% são por pedidos fora do rol de cobertura obrigatória da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A federação representa 58% das Unimeds do Estado, que respondem por 1.420 processos. A pesquisa não inclui a nova listagem da agência, que entra em vigor em 7 de junho e torna obrigatório aos planos 70 novos procedimentos.

Mais um Joel Rennó, ex-presidente da Petrobras, é o novo membro do Conselho de Administração da Brasil Ecodiesel. O Conselho da companhia foi reformulado a partir da reestruturação financeira no final do primeiro semestre de 2009. Rennó atualmente trabalha como consultor.

Conta A carteira de crédito do BTG Pactual ultrapassou R$ 4 bilhões. O investimento de R$ 250 milhões do Fundo de Investimento em Participações Nala feito pelo Banco BTG Pactual na Textília, controladora da Vicunha Têxtil, nesta semana, foi mais uma operação de crédito do banco.


com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES


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