São Paulo, sábado, 03 de setembro de 2011

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Tribunal de contas ordena que estatal pare obra de ferrovia

Trechos da Oeste-Leste que devem ter os trabalhos parados são orçados em R$ 2 bi

DE BRASÍLIA

Imersa desde o início na crise dos Transportes, que resultou na saída do então ministro Alfredo Nascimento e de uma série de funcionários de outros órgãos, a estatal de ferrovias Valec teve, na quarta-feira, nova determinação de paralisação de obras por irregularidades encontradas pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
Segundo o tribunal, são quatro os lotes da Fiol (Ferrovia Oeste-Leste) -que liga a cidade Ilhéus a Barreiras, ambas na Bahia- que devem ter suas obras paradas. Esses trechos estão orçados em R$ 2 bilhões.
Por nota, a Valec afirmou que "ainda não foi notificada oficialmente da decisão" e que, quando for, tomará as devidas providências.
Para o relator do processo, ministro Weder de Oliveira, os projetos básicos estão desatualizados.
Somente em um lote, metade do traçado deverá ser mudado por causa dessa desatualização.
Apesar de estar ainda no início, o tribunal de contas calcula que a obra já tem um prejuízo de R$ 21 milhões.
Somente em um caso, 230 mil grampos elásticos foram pagos por R$ 2 milhões e o material não foi entregue.

INTERINIDADE
Em junho, quando denúncias sobre irregularidades nos Transportes iniciaram a chamada "faxina" no governo da presidente Dilma Rousseff, o então diretor da estatal, José Francisco das Neves, o Juquinha, foi um dos primeiros a perder o cargo.
Ele havia sido indicado pelo PR, partido do ex-ministro Alfredo Nascimento.
Antonio Felipe Sanchez Costa, que era diretor administrativo, assumiu a presidência interinamente.
Quase três meses depois da troca de cargos, Costa permanece na presidência de forma interina, e o governo federal ainda não indicou um nome para substituí-lo de forma definitiva.


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