São Paulo, terça-feira, 04 de janeiro de 2011

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Tombini defende meta de inflação mais baixa

Na saída, Meirelles diz que necessidade de alta dos juros não deve ser vista com "alarde"

EDUARDO CUCOLO
SHEILA D"AMORIM
DE BRASÍLIA

Na cerimônia de troca de comando no Banco Central, coube ao ex-presidente Henrique Meirelles falar sobre a necessidade de um novo aumento dos juros e pedir às pessoas que não vejam a medida com "alarde".
O novo presidente do BC, Alexandre Tombini, não falou de juros, mas defendeu uma meta de inflação mais baixa e disse esperar crescimento mais equilibrado do crédito a partir de 2011.
Apesar de comprometido com o tripé de metas de inflação, câmbio flutuante e ajuste fiscal, que sustentou o crescimento econômico nas últimas décadas, a gestão Tombini está longe de ser mais do mesmo, na avaliação de representantes do mercado presentes.
A mudança começa pelo sinal de unidade que a equipe econômica tentou passar ontem. No auditório lotado pelos maiores banqueiros do país, destacava-se a presença dos técnicos do Ministério da Fazenda, que, na gestão Meirelles, rivalizaram com o BC no debate sobre juros.
No último discurso sobre o assunto, Meirelles disse que o BC "diagnosticou riscos não aceitáveis" na expansão do crédito combinado com pressões inflacionárias. Afirmou ainda que esse cenário exige medidas convencionais de política monetária.
Tombini, por sua vez, afirmou que "é salutar" a desaceleração no crédito ao consumo, além do aumento do financiamento habitacional. Disse que o BC vai monitorar esse mercado para evitar bolha no setor imobiliário.


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