São Paulo, quarta-feira, 04 de maio de 2011

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Operadoras de telefonia celular cortam subsídio

FELIPE VANINI
SÃO PAULO

Na disputa para conquistar novos clientes, as operadoras de telefonia móvel sempre contaram com a venda de aparelhos subsidiados. Essa estratégia, porém, está perdendo espaço.
"O foco da competição passou a ser a redução de preço dos serviços", afirmou Eduardo Tude, presidente da consultoria de telecomunicações Teleco.
Segundo dados da Teleco, a receita das quatro principais operadoras do país (Vivo, Claro, TIM e Oi) com a venda de aparelhos caiu 33% de 2005 para 2010, somando R$ 6,1 bilhões
A Oi foi a operadora que mais diminuiu a concessão de descontos: nos últimos cinco anos, sua receita com a venda de aparelhos celulares recuou 81%, para R$ 200 milhões em 2010. A Claro teve a segunda maior queda, de 44%.
Já a TIM cortou em 30% os descontos, concedendo em 2010 R$ 1,6 bilhão a seus clientes. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2010 e o mesmo período de 2011, os descontos da TIM a aparelhos caíram de R$ 115 milhões para apenas R$ 8 milhões. "Nossa receita era desperdiçada com os subsídios", disse Luca Luciani, presidente da TIM. "Agora podemos priorizar esforços na redução de tarifas e investir mais na infraestrutura da rede."
Na contramão do movimento está a Vivo, maior operadora do país, com 62 milhões de clientes. De 2005 para 2010, os descontos caíram 9,6%, atingindo R$ 2,8 bilhões em 2010
Segundo George Dolce, diretor da Vivo, a operadora recuou menos do que os concorrentes por causa do maior número de clientes. "Mantivemos os descontos para os clientes diferenciados, como os corporativos e pós-pagos, mas o nosso produto é o tráfego de dados e voz, não aparelhos celulares", afirmou Dolce.


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