São Paulo, sexta-feira, 04 de junho de 2010

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Mantega quer diversificar vendas para China

FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A XANGAI

Ao lado do colega chinês, Xie Xuren, o ministro Guido Mantega (Fazenda) elogiou a expansão do comércio com a China, mas cobrou diversificação das exportações brasileiras com a inclusão de mais produtos industrializados.
"A China se tornou o primeiro parceiro comercial do Brasil, mas ainda há muito a fazer. Do lado do Brasil, queremos que a pauta seja mais diversificada", disse, em discurso de abertura do "dia nacional brasileiro" da Expo 2010 Xangai.
O ministro afirmou que o Brasil possui um parque industrial desenvolvido, o que permite aumentar as exportações de manufaturados.
Mantega disse ainda que o investimento chinês no Brasil é bem-vindo, tanto sozinho como em parceria com empresas brasileiras.
Depois das falas dos ministros, as duas comitivas assistiram a shows de Carlinhos Brown e de Mart'nália. A organização brasileira, a cargo da Apex (Associação Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos), distribuiu bandeirinhas do Brasil à plateia.
No ano passado, a China ultrapassou os EUA como principal destino das exportações brasileiras, com um volume de US$ 20,2 bilhões.
Desse montante, US$ 15,5 bilhões foram produtos básicos, com o minério de ferro e a soja à frente, enquanto os produtos industrializados ficaram em US$ 4,7 bilhões.
Crítica da política brasileira com relação à China, a Fiesp ecoa o coro dos que veem no yuan desvalorizado a origem da concorrência desleal dos produtos industrializados chineses, inviabilizando a venda de manufaturados ao gigante asiático.
Mantega, no entanto, afirma que o problema principal é a desvalorização do dólar, e não da moeda chinesa.

CELULOSE
Uma das commodities cujas vendas mais têm crescido é a celulose. Segundo a Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), a exportação para a China subiu 18,4% no primeiro quadrimestre ante 2009.
"As vendas para a China aumentaram 135% no ano passado", diz a presidente da Bracelpa, Elizabeth de Carvalhaes, que está em Xangai para participar de uma conferência mundial do setor.
De acordo com ela, 49% da celulose importada pela China vem do Brasil.


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