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Mantega quer diversificar vendas para China
FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A XANGAI
Ao lado do colega chinês,
Xie Xuren, o ministro Guido
Mantega (Fazenda) elogiou a
expansão do comércio com a
China, mas cobrou diversificação das exportações brasileiras com a inclusão de mais
produtos industrializados.
"A China se tornou o primeiro parceiro comercial do
Brasil, mas ainda há muito a
fazer. Do lado do Brasil, queremos que a pauta seja mais
diversificada", disse, em discurso de abertura do "dia nacional brasileiro" da Expo
2010 Xangai.
O ministro afirmou que o
Brasil possui um parque industrial desenvolvido, o que
permite aumentar as exportações de manufaturados.
Mantega disse ainda que o
investimento chinês no Brasil é bem-vindo, tanto sozinho como em parceria com
empresas brasileiras.
Depois das falas dos ministros, as duas comitivas assistiram a shows de Carlinhos Brown e de Mart'nália.
A organização brasileira, a
cargo da Apex (Associação
Brasileira de Promoção de
Exportação e Investimentos),
distribuiu bandeirinhas do
Brasil à plateia.
No ano passado, a China
ultrapassou os EUA como
principal destino das exportações brasileiras, com um
volume de US$ 20,2 bilhões.
Desse montante, US$ 15,5
bilhões foram produtos básicos, com o minério de ferro e
a soja à frente, enquanto os
produtos industrializados ficaram em US$ 4,7 bilhões.
Crítica da política brasileira com relação à China, a
Fiesp ecoa o coro dos que
veem no yuan desvalorizado
a origem da concorrência
desleal dos produtos industrializados chineses, inviabilizando a venda de manufaturados ao gigante asiático.
Mantega, no entanto, afirma que o problema principal
é a desvalorização do dólar, e
não da moeda chinesa.
CELULOSE
Uma das commodities cujas vendas mais têm crescido
é a celulose. Segundo a Bracelpa (Associação Brasileira
de Celulose e Papel), a exportação para a China subiu
18,4% no primeiro quadrimestre ante 2009.
"As vendas para a China
aumentaram 135% no ano
passado", diz a presidente da
Bracelpa, Elizabeth de Carvalhaes, que está em Xangai
para participar de uma conferência mundial do setor.
De acordo com ela, 49% da
celulose importada pela China vem do Brasil.
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