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Produção industrial volta a cair e confirma desaceleração da economia
CIRILO JUNIOR
DO RIO
A produção industrial brasileira voltou a cair em junho.
A retração de 1% foi a mais
intensa desde dezembro de
2008, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
Com três quedas consecutivas, que representam recuo
de 2%, o desempenho recente da indústria ratifica o desaquecimento da economia ao
longo do segundo trimestre,
depois de um forte crescimento nos três primeiros meses de 2010 -alta de 6,1% no
acumulado do período.
Especialistas afirmam que
o quadro já era esperado, e a
tendência é que haja um
crescimento moderado daqui para a frente.
"O primeiro trimestre surpreendeu para cima, e o segundo, um pouco para baixo. Essas oscilações não geram preocupação. Há fatores
positivos, como renda, salário e crédito em alta", disse
Douglas Uemura, da LCA
Consultores.
O acelerado ritmo de crescimento levou a indústria a
patamar recorde em março.
Naquele mês, houve avanço
de 3,4% ante fevereiro, lembrou Leonardo Carvalho, do
Ipea. Seria difícil manter esse
ritmo, avaliou.
Em relação a igual período
de 2009, o primeiro semestre
teve avanço de 16,2%, variação recorde dentro da série
histórica iniciada em 1991.
Deve ser levado em conta, no
entanto, que o patamar estava baixo, devido à crise.
André Macedo, do IBGE,
minimizou o fato de o recuo
de 1% ter sido o pior desde o
auge da crise, no fim de 2008.
Em dezembro daquele ano, a
produção chegou a cair
12,2%, ante o mês anterior.
O desempenho em junho
pode ter sido prejudicado pela Copa, já que o Brasil fez
três jogos em dias úteis. Mas
a ausência desse fator, provavelmente, não teria impedido o resultado negativo.
FOLHA.com
Ouça o economista André
Macedo, do IBGE, sobre a
produção industrial
www.folha.com.br/mm776961
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