São Paulo, quarta-feira, 04 de agosto de 2010

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WTorre decide IPO na próxima semana

Construtora reunirá acionistas e investidores para deliberar sobre oferta de ações, cujo processo foi suspenso em maio

Companhia considera outras três alternativas para levantar recursos caso decida não realizar o IPO comum

Alessandro Shinoda/Folhapress
Edifício da WTorre vendido ao Santander entre a marginal Pinheiros e a avenida JK, em SP

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

Acionistas, investidores, executivos e advogados da construtora WTorre Properties reúnem-se a partir da próxima semana para decidir se retomam ou não o IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês).
A companhia solicitara em maio à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a interrupção do processo de análise por 60 dias úteis por considerar o cenário desfavorável. O prazo termina no dia 18.
Segundo a Folha apurou, as reuniões para a definição do futuro da abertura de capital começam na segunda-feira, quando alguns dos executivos retornam das férias. A decisão também será tomada com base nos resultados do segundo trimestre fiscal, em fase final de fechamento.
O balanço deve ser apresentado à CVM no dia 12 e poderá servir de base para a precificação da oferta pública, caso a construtora decida manter a operação.
Os executivos da companhia também vão se reunir com os representantes dos bancos de investimento contratados para o processo do IPO, como Bradesco, BTG Pactual, Credit Suisse, JPMorgan e Merrill Lynch. A intenção é analisar o cenário e as perspectivas para o IPO.
Segundo a Folha apurou, a WTorre considera três alternativas para levantar recursos além do IPO comum.

OFERTA RESTRITA
A primeira, tida como a mais provável, é a realização de uma oferta pública direcionada a um grupo restrito de investidores qualificados.
Para isso, a WTorre precisaria fazer ajustes na oferta registrada na CVM, mas nada considerado "muito crítico". A operação não envolveria pessoas físicas, teria período de "roadshow" reduzido e poderia "manter o IPO vivo".
Outra possibilidade é realizar uma operação de captação privada, semelhante à feita com os bancos Santander, em 2006, e Votorantim, em 2007. Hoje, as instituições detêm 8,55% e 6% da empresa, respectivamente.
Uma terceira possibilidade seria o novo adiamento da abertura de capital. Segundo determina a CVM, a empresa, que teve o processo de análise de IPO interrompido em maio, pode prorrogar outra vez o prazo por mais 60 dias.

ÚLTIMA HIPÓTESE
O cancelamento do IPO é a última hipótese considerada pela WTorre, apesar de a companhia considerar o segundo semestre o período menos atraente para a realização da oferta, em virtude da captação da Petrobras, que poderia disputar a atenção dos investidores, e também das eleições, que poderiam prorrogar a volatilidade do mercado até novembro.
Procurada, a companhia não se pronunciou alegando período de silêncio.


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