São Paulo, terça-feira, 04 de outubro de 2011

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Importação de carro desacelera em setembro

No mês passado, o aumento das compras do exterior foi de 9,8%, ante 29% em agosto

MAELI PRADO
DE BRASÍLIA

O ritmo de crescimento das importações de automóveis de passeio desacelerou em setembro, após a decisão do governo de elevar o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos importados de países de fora do Mercosul e do México com menos de 65% de peças nacionais.
De acordo com a balança comercial divulgada ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, a alta das compras de veículos de outros países foi de 9,8% no mês passado na comparação com setembro de 2010.
Em agosto, o aumento havia sido muito maior, de 29% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A alta do imposto, anunciada em 15 de setembro, afetou principalmente as importações da Ásia. "É possível que algumas empresas tenham refeito suas projeções, e aguardado para realizar o desembaraço [de importações de veículos]", afirmou a secretária de comércio exterior, Tatiana Prazeres.
No acumulado deste ano, as importações de veículos cresceram 39,4%. Antes do aumento do imposto, no acumulado de janeiro a agosto, o avanço era de 44%.
As exportações somaram US$ 23,2 bilhões em setembro, com crescimento de 23,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 20,2 bilhões, alta de 13,8% na comparação com setembro de 2010 e recuo na comparação com agosto, quando as compras de outros países foram de US$ 22,2 bilhões.
Prazeres negou que a desvalorização do real, no mês passado, tenha influenciado nessa queda em relação a agosto. De acordo com ela, os efeitos da variação do câmbio tradicionalmente são sentidos três meses depois. "Há uma defasagem no tempo para que esses efeitos sejam sentidos."
O saldo comercial no mês passado foi positivo em US$ 3,1 bilhões, valor superior ao US$ 1,1 bilhão registrado em setembro de 2010. No acumulado de 2011, as exportações brasileiras alcançaram US$ 190 bilhões, e as importações, US$ 167 bilhões, resultado positivo em US$ 23 bilhões. O saldo acumulado representa aumento de 81,4% sobre 2010.


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