São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2010

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FOCO

Estúdio MGM recusa oferta e pede concordata nos EUA

Divulgação
A atriz Judy Garland em cena de "O Mágico de Oz", que faz parte do acervo da MGM

LINDA SANDLER, DAWN MCCARTY E TIFFANY KARY
DA BLOOMBERG

A Metro-Goldwyn-Mayer, distribuidora de filmes como "007" e "Rocky", pediu concordata em um tribunal federal de Manhattan depois de rejeitar uma oferta de tomada de controle acionário da Lions Gate Entertainment e do bilionário Carl Icahn.
O estúdio, criado 86 anos atrás, acumulou dívidas em uma operação de aquisição alavancada. Também houve queda de receitas quando novas tecnologias prejudicaram as vendas de DVDs.
O grupo tem apoio dos credores para um plano de reestruturação que cancelaria US$ 4 bilhões em dívidas e daria o comando da empresa a executivos do Spyglass Entertainment Group.
Os perdedores com a concordata podem incluir o consórcio envolvido na aquisição inicial, em 2005, que retém a maior parte das ações em circulação da MGM.
A Sony, de Tóquio, detém 14%; o grupo de capital privado texano TPG Capital, dirigido por David Bonderman, controla 23%; a Providence Equity Partners tem 34%; a Comcast tem 21%; e o Credit Suisse Group detém 8%.

NOVOS FILMES
A MGM afirmou que seu plano pode ser confirmado pelo tribunal em 30 dias. Depois que a concordata estiver formalizada, o plano é levantar US$ 500 milhões para operações, incluindo a produção de novos filmes.
O Lions Gate, estúdio sediado em Vancouver, apresentou proposta concorrente no valor de US$ 1,7 bilhão, em dinheiro e dívidas junto a credores da MGM, por uma participação de 55% na companhia combinada.
Para conquistar a adesão de mais credores, Icahn, maior acionista da Lions Gate e detentor de cerca de 10% das dívidas da MGM, ofereceu 53% do valor de face dos títulos sênior de dívida da empresa, ou cerca de 18% a mais que os 45% do valor de face que os papéis vinham conquistando no mercado antes da oferta da Lions Gate.
Depois da concordata, os principais executivos da MGM serão Roger Birnbaum e Gary Barber, que comandam a Spyglass e produziram "O Sexto Sentido".
A MGM, cujo acervo de 4.000 produções de televisão e cinema incluía "O Mágico de Oz" e "O Vento Levou", tem acordo de coprodução com a Warner Bros. para um filme baseado em "The Hobbit", romance de J. R. R. Tolkien.


Tradução de PAULO MIGLIACCI.


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