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Brasileiro é líder em compra on-line na AL
Consultoria mostra que consumidores do país preferem sites nacionais ao escolherem produtos pela internet
Uma das dificuldades que os sites de fora do país têm para elevar as vendas no Brasil é o alto custo da importação
DE NOVA YORK
O brasileiro que entra em
sites de vendas dificilmente
sai de mãos abanando. Segundo pesquisa, 94% dos internautas que frequentam essa modalidade de site já fizeram compras on-line -maior
índice da América Latina.
Na Argentina, que tem o
segundo maior patamar,
89% já adquiriram produtos
pela internet. No Peru, o último, o índice é de 63%, segundo a consultoria ComScore.
Esses dados, afirma o estudo, mostram que o setor dá
sinais "encorajadores de
crescimento", mas que as
empresas devem se adaptar
para concretizar esse avanço.
Uma das questões cruciais
é a melhora da segurança
nas compras on-line, que é a
principal preocupação dos
internautas da América Latina, principalmente entre as
mulheres, que são as líderes
de compra na região.
Segundo a pesquisa, 88%
das latino-americanas que
visitam sites de vendas já adquiriram produto on-line
(entre os homens, são 79%).
Porém, entre as que não
compraram, mais de dois terços dizem que a falta de segurança na internet foi o principal motivo que impediu a
concretização do negócio.
PREFERÊNCIA NACIONAL
A pesquisa mostra que o
brasileiro prefere os sites locais, mas há espaço para os
concorrentes internacionais
ganharem consumidores.
Segundo a ComScore, 58%
dos internautas brasileiros
preferem comprar em um site
nacional do que em um de fora do país. Essa preferência
só perde na América Latina
para a dos argentinos -76%
dos vizinhos optam pelo comércio eletrônico local.
Para a consultoria, como a
diferença de preferência é
pequena (no Brasil e na
maior parte da região), isso
mostra que a origem do site
não é levada em grande consideração pelos consumidores latino-americanos.
Uma das dificuldades que
os sites internacionais têm
para elevar as vendas no Brasil é o alto custo da importação, devido aos impostos.
O consumidor brasileiro é
o que paga mais caro para
comprar o Kindle, o leitor de
livros eletrônicos vendido
pela Amazon.
São US$ 312 (cerca de R$
530) pela versão mais barata
-praticamente metade do
valor é formada por impostos.
(ÁLVARO FAGUNDES)
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