São Paulo, sábado, 05 de março de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Importação de carne brasileira pelo Egito cai 69%

O efeito das manifestações nos países árabes começa a aparecer na balança comercial brasileira. O Egito, o terceiro maior importador de carnes do país, comprou 69% menos em fevereiro do que em igual mês de 2010.
Em fevereiro do ano passado, os egípcios compraram 4.590 toneladas de carne do Brasil. Neste ano, só 1.417.
Os dados totais de exportação do Brasil indicam recuo para 67 mil toneladas no mês passado, 10% menos do que em fevereiro de 2010. Apesar do volume menor, as receitas somaram US$ 325 milhões neste ano, 23% mais do que em igual período anterior.
"É um problema pontual e, mais cedo ou mais tarde, o comércio volta a se acertar", segundo Antonio Jorge Camardelli, presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes).
Camardelli diz que a presença brasileira em quase todos os países facilitou o remanejamento das carnes que seriam destinadas ao Egito para outras regiões.
E isso continua ocorrendo agora, segundo ele. Com o agravamento das tensões políticas na Líbia, as carnes que seriam destinadas àquele país deverão ser enviadas ao Egito, que está com estoques baixos devido à crise.
A Líbia, apesar da situação política atual, importou mais carne neste ano do que em fevereiro de 2010. As indústrias brasileiras colocaram 1.411 toneladas do produto no mês passado no país, 13% mais do que em fevereiro de 2010.
O Irã, segundo principal mercado para as indústrias brasileiras, continua elevando as importações, que somaram 16 mil toneladas no mês passado, 17% mais do que em 2010.
Os iranianos deixaram US$ 80 milhões no país no mês passado apenas com as compras de carne bovina.

Rumo à Turquia Os exportadores brasileiros de carne bovina, via Abiec, querem a ajuda do governo para entrar na Turquia, considerado um mercado com bom potencial. Os dois países precisariam fazer acertos bilaterais.

Renda A renda agrícola teve aumento médio de 27% na região do sul de Minas Gerais nos últimos 12 meses. Os custos de produção subiram apenas 4%.

Índices É o que indicam dois índices da Universidade Federal de Lavras, que acompanha preços de 42 produtos agrícolas e custos de 187 insumos. O café foi um dos que puxaram os ganhos para cima, segundo Ricardo Reis, coordenador dos índices.

Tranquilidade Os fundamentos do café dão tranquilidade aos produtores no mercado físico. Os estoques mundiais são críticos, segundo analistas do Escritório Carvalhaes, de Santos (SP).

Com chuva A ocorrência de chuva em várias regiões de Mato Grosso impede a colheita de soja. As máquinas avançaram apenas sobre 39% da área a ser colhida.

Perdas O setor já começa a registrar perdas pontuais, segundo técnicos do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES


Mercado Interno

ALGODÃO
(R$ por arroba) 39,56
TRIGO
(R$ por saca) 27,00

Nova York

CACAU
(US$ por tonelada) 3.697
AÇÚCAR
(cent.de US$)* 29,88


* por libra-peso

Com KARLA DOMINGUES


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