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Setor calçadista recorre a carro de som para contratar em Franca
Em recuperação, indústria tem falta de mão de obra qualificada
ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
Perspectiva de aumento
na produção e falta de mão
de obra qualificada fizeram
fábricas de calçados de Franca, no interior paulista, começar a "caçar" trabalhadores pela rua com panfletagem e até carros de som.
O saldo de contratações no
setor na cidade foi de 25.493
entre janeiro e abril, alta de
16,09% ante o primeiro quadrimestre de 2009.
Dono de empresa de propaganda volante, Marcelo
Daniel, 26, disse que quatro
empresas contrataram seu
serviço recentemente. Ele cobra R$ 15 por hora e o veículo
circula até nove horas ao dia.
A Carmen Steffens, que
tem nas mulheres das classes
A e B seu público-alvo, foi
uma das companhias que recorreram aos carros de som.
Segundo a gerente de RH
da empresa, Ana Tereza Lara
e Silva, 40, houve necessidade sazonal. "Nosso forte é
[coleção de] verão. Precisávamos de mais 200 pessoas
para dar conta da produção,
que começa no inverno."
Ela afirma que a estratégia
deu certo: "Conseguimos 110
contratações desde 1º de
maio". De acordo com a gerente, a maioria dos candidatos afirmou que soube da vaga pelos "carrinhos de som".
Segundo o presidente do
Sindicato da Indústria de
Calçados de Franca, José Carlos Brigagão, há forte demanda das empresas e carência
de qualificação de parte dos
candidatos ao emprego.
Para ele, o setor calçadista
não está em crescimento,
mas em fase de "recuperação" após a crise global, puxada pelo aumento dos preços do produto e pelo aquecimento do mercado interno.
A exportação de calçados
de Franca caiu 4,38% nos
primeiros quatro meses de
2010 ante o mesmo período
do ano passado. Já o preço
médio do produto em dólares
teve alta de 9,35%.
Colaborou SILVA JÚNIOR
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