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G20 vê recuperação global mais rápida que o previsto
Apesar da crise europeia, grupo afirma que países estão no caminho certo
Comunicado do G20 pede que economias com problemas fiscais acelerem reformas
nas contas públicas
FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A BUSAN (COREIA
DO SUL)
Na tentativa de acalmar os
mercados diante da crise europeia, o G20 divulgou ontem um comunicado em que
avalia que a economia global
"continua se recuperando
mais rápido do que o previsto", mas exortou os "países
com sérios desafios fiscais" a
"acelerar a velocidade da
consolidação".
A reunião dos ministros de
Finanças e de presidentes de
BCs das 20 maiores economias mundiais aprovou ainda a antecipação da reforma
das cotas do FMI para novembro, informou o ministro
Guido Mantega (Fazenda),
em entrevista à Folha.
"O objetivo é que se conclua a reforma das cotas em
novembro", disse Mantega,
em referência à cúpula do
G20 em Seul. "No FMI, será
de 5%, a ser distribuída."
Com isso, diz, países emergentes como o Brasil terão
mais peso no Fundo, à semelhança do que ocorreu há
pouco no Banco Mundial.
O documento do encontro,
preparatório para a cúpula
do G20, a ser realizada no Canadá no final deste mês, fala
ainda em alcançar "rapidamente" um acordo para melhorar os padrões de liquidez
e de capital mais forte para
que seja implantado até o final de 2012, como previsto.
O comunicado menciona
ainda a necessidade de implantar "medidas fortes para
melhorar a transparência, a
regulação e a supervisão dos
fundos de hedge e das agências de classificação de risco.
O formato para melhorar o
sistema financeiro mundial,
no entanto, parece distante.
Embora predominasse entre
os participantes um ceticismo sobre um acordo já para a
cúpula de Toronto, Mantega
diz que há a proposta, defendida por ele, de aprovação de
uma "regulamentação financeira mínima de consenso".
Os pontos básicos seriam
aumentar a exigência de capital para os bancos de forma
proporcional aos riscos que
eles tomam, dar mais transparência às operações com
derivativos e aumentar a supervisão bancária.
Em carta distribuída aos
colegas, o secretário de Tesouro dos Estados Unidos,
Timothy Geithner, afirmou
que o crescimento econômico global ficaria sem força caso outros países optassem
por apertar os cintos e reduzir o consumo.
Leia outros trechos da
entrevista com Guido
Mantega
http://www.folha.com.br/me746030
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