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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Governo tem pressa e quer rastreador obrigatório nos carros até dezembro
O governo federal corre
contra o tempo para apresentar até dezembro o modelo de
rastreador que será obrigatório nos carros no início do
ano que vem.
O ministro Marcio Fortes
(Cidades) tem hoje nova rodada de conversa com Denatran, Serpro, operadores de
telefonia, Anatel, Anfavea,
Abraciclo, Sindipeças -órgãos do governo e associações de fabricantes envolvidos no projeto.
A ideia de Fortes é que os
carros saiam de fábrica com
os rastreadores a partir de fevereiro de 2011. Caravanas
para rodar o país com carros
equipados estão previstas. O
Denatran cuidará da central,
que será operada pelo Serpro
(órgão de processamento de
dados), o que causa ruídos.
As montadoras, por sua
vez, estão receosas porque
incluirão o dispositivo nos
carros, mas não são nem os
fabricantes nem os operadores do equipamento quem
vai monitorar toda a sua rota.
Para contornar as críticas
dos que alegam falta de privacidade, o que já levou a
discussão ao âmbito judicial,
o ministro Marcio Fortes diz
que haverá duas opções: o
rastreador e o bloqueador.
Este fará o carro parar em
determinada situação, como
se o ladrão parar no sinal de
trânsito, e será obrigatório. Já
o rastreador será contratado
ou não pelo usuário.
FUMAÇA DE ÓLEO DIESEL
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, do
Ministério de Minas e Energia, tem marcada para hoje
uma reunião cuja pauta pode
abordar o acionamento de algumas das usinas térmicas
mais caras do país.
Proprietários destas usinas, que incluem térmicas a
diesel e óleo -cujo custo de
geração chega a R$ 600 por
MWh-, foram avisados informalmente pelo ONS (Operador Nacional do Sistema
Elétrico) que poderiam ter de
entrar em operação em breve, segundo executivos do
setor que pediram para não
ser identificados.
A baixa ocorrência de chuvas nos últimos meses levou
os reservatórios a um nível
crítico, que provocou o acionamento de térmicas.
Desde julho, o parque de
usinas térmicas mais baratas
a carvão e gás já entrou em
operação. São quase 10 mil
MW que geram energia a custo médio de R$ 200 por MWh.
Uma reunião do comitê estava marcada para antes do
primeiro turno das eleições,
mas o assunto foi adiado.
O setor receia que, por
conta do segundo turno, seja
postergada a decisão pelo
acionamento, devido a um
possível prejuízo eleitoral para o governo.
O ministério confirma que
haverá reunião hoje, mas
não divulga a pauta. Participam do encontro Aneel,
CCEE, ONS e outros.
A geração térmica adicional, hoje em R$ 1 bilhão, será
incorporada à tarifa do consumidor no próximo reajuste
das distribuidoras.
Importador de máquina reage contra aumento de alíquota
O pleito da indústria nacional de máquinas e equipamentos para aumentar a alíquota de importação desses
produtos é considerado "artifício fictício" pela Abimei (associação dos importadores).
"Causa estranheza a pressão pelo aumento da tarifa
no momento em que a indústria nacional está superaquecida e não consegue atender
a demanda de produção apenas com as máquinas nacionais", diz Ennio Crispino,
presidente da Abimei.
Além disso, completa, "a
importação é uma atividade
reguladora da produção e
serve como agente regulador
dos preços praticados pelo
fabricante nacional".
Para a Abimei, a proteção
de mercado por meio de elevação da alíquota é um "artifício fictício, uma falsa proteção, porque diminui a competitividade do produto nacional no mercado externo".
O pleito da indústria deveria ser, na visão de Crispino,
a desoneração tributária sobre os bens nacionais.
APETITE GLOBAL
A captação global por
meio de IPOs (oferta inicial
de ações, na sigla em inglês)
acelerou no terceiro trimestre e já supera o total levantado no ano passado inteiro.
Nos primeiros nove meses
deste ano, os processos de
abertura de capital somaram US$ 152,7 bilhões, ante
os US$ 112,6 bilhões de
2009, segundo a Ernst &
Young Terco.
O mercado asiático tem
impulsionado as operações.
As emissões na região responderam por 83% do volume do terceiro trimestre.
"O Brasil perde relevância
que vinha tendo e a China se
consolida nessa área", diz
Paulo Sérgio Dortas, sócio
responsável pela área de
IPOs da Ernst & Young Terco
no país. A capitalização da
Petrobras deve destravar as
operações. "Boa parte dos
fundos guardou chumbo para a operação. Em 2011, deveremos ter cerca de 20 operações no país, como neste
ano, mas de menor valor."
Receita de hospitais brasileiros tem alta de 24,5%
A profissionalização no setor hospitalar já mostra resultados, segundo estudo da
consultoria Crowe Horwath
RCS, que avaliou a situação
financeira de oito dos maiores hospitais dos país.
Juntos, eles registraram
em 2009 receita de R$ 3,31 bilhões, alta de 24,5% sobre o
período anterior.
"Mesmo as instituições
sem fins lucrativos já têm resultados devido ao crescente
investimento em gestão nos
últimos anos, não só as sociedades anônimas", diz Mauro
Ambrósio, sócio da Crowe.
O lucro líquido foi de R$
212,1 milhões, redução de
14,5% ante 2008. A queda foi
consequência de altos investimentos realizados por algumas instituições que ampliaram o ativo imobilizado.
MINHA CASA, MEU ELEVADOR
Para tentar contornar o
problema do alto preço dos
terrenos que está atravancando o programa Minha Casa, Minha Vida em vários Estados, como São Paulo, o governo vai propor o aumento
dos gabaritos das construções e a inclusão de elevadores nos prédios.
Para isso, terá de bancar a
manutenção por dez anos
desses equipamentos.
Hoje, os edifícios têm, no
máximo, quatro andares. O
elevador encarece muito as
obras e a manutenção é um
problema maior ainda.
Pela proposta, o governo
pretende incluir no contrato
de compra o custo de manutenção por dez anos.
Bebida As vendas da vinícola chilena Concha y Toro devem crescer 40% neste ano no
Brasil. A empresa vendeu 500
mil caixas no país em 2009 e
prevê chegar a 700 mil caixas
até dezembro.
Comida Os cargos de diretoria e alta gerência do setor
de "food service" cresceram
71% de janeiro a agosto de
2010 ante o mesmo período do
ano anterior, segundo a Fesa,
consultoria de recrutamento.
Sem ponto Apenas 40%
das empresas já adotaram o
ponto eletrônico exigido pelo
governo, segundo a Madis Robel. O atraso se deve ao adiamento no prazo de adequação
para 1º de março de 2011.
Teatro 1 Acaba de ficar
pronto o auditório Moise Safra, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Construído em 13 meses, com
investimento de cerca de
R$ 30 milhões, o teatro foi feito
pela Construtora Serpal, do
Grupo Advento.
Teatro 2 O espaço terá
10,5 mil m2 de área construída,
divididos em sete pavimentos,
três de garagens e quatro andares (como sala de treinamento, salão nobre e salas de
comando e apoio). Na obra, foram gerados cerca de 500 empregos.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES, SHEILA D’AMORIM e AGNALDO BRITO
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