São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

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Setor de fusão e aquisição registra alta de 82% no ano

Com farto acesso a capital externo, Brasil cresce acima da média

DA REUTERS

A combinação de farto acesso a capital internacional, crescente interesse externo e consolidação em vários setores fez o mercado de fusões e aquisições apresentar forte crescimento no acumulado até setembro.
Segundo levantamento da Thomson Reuters, o giro financeiro de operações envolvendo companhias brasileiras totalizou US$ 88,8 bilhões, salto de 81,9% ante igual período de 2009.
Entre os mercados emergentes, o Brasil ficou em posição de destaque, ao lado de China e México.
As fusões e aquisições anunciadas em países em desenvolvimento, quase um quarto do total no período, somaram US$ 480,7 bilhões de janeiro a setembro, alta de 63% ante um ano antes.
Para especialistas, o movimento reflete um cenário positivo, incluindo a perspectiva de crescimento da economia brasileira acima da média global por vários anos e o movimento de consolidação em setores como petróleo e gás, açúcar e álcool e varejo.
"Está todo mundo voltando os canhões para o Brasil", disse Marco Gonçalves, chefe da área de fusões e aquisições do BTG Pactual, líder no ranking de instituições financeiras coordenadoras de fusões envolvendo empresas brasileiras no ano.

ALTERNATIVA
O país é uma das poucas alternativas de grandes empresas globais para continuar expandindo atividades, já que a perspectiva para economias desenvolvidas é de baixo crescimento por um longo período.
É o que explica, por exemplo, a compra de fatia da operadora móvel Vivo pela espanhola Telefónica ou as seguidas aquisições feitas por fundos de "private equity".
Na semana passada, o Blackstone, um dos maiores gestores de fundos de "private equity" globais, anunciou a compra de 40% da brasileira Pátria Investimentos.
Segundo os executivos, o interesse dos estrangeiros se mantém, mesmo com o real valorizado ante o dólar, o que encarece os ativos brasileiros no exterior.
"O que eles estão comprando é o crescimento da economia", disse Gonçalves, do BTG Pactual.


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