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ANÁLISE MINERAÇÃO
Propostas dos candidatos ao 2º turno deve incluir setor mineral
PAULO CAMILLO VARGAS PENNA
ESPECIAL PARA A FOLHA
O segundo turno das eleições colocou o desenvolvimento sustentável na pauta
dos candidatos. Os brasileiros precisam de propostas
consistentes em torno de um
processo sustentado em estruturas produtivas globalmente competitivas, com
melhorias na distribuição da
renda e da riqueza geradas.
A articulação desses objetivos exige a implantação de
políticas públicas e ações
compartilhadas com organizações produtivas privadas.
Essa atividade traz para a
economia e para os cidadãos
benefícios inequívocos: empregos e condições de empregabilidade, renda, contribuições positivas para a balança comercial, investimentos, tributos, oportunidades
de negócios para pequenas
empresas, atenuação dos desequilíbrios regionais nas
condições de vida. Tanto é
assim, que o Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios mineradores é maior
do que o de seus Estados.
Uma das contribuições
mais significativas da mineração é a de ser o elo articulador de setores-chave, com capacidade de potencializar ciclos de expansão de maior
grandiosidade.
A mineração se articula
com a siderurgia, a metalurgia, a construção civil, a agricultura, entre outros, os
quais apresentam efeitos
multiplicadores de renda e
de emprego.
Sempre que o Brasil apresenta maior consistência macroeconômica e o ambiente
externo se revela favorável, a
mineração responde com
mais investimento -de 2010
a 2014 serão US$ 62 bilhões-
e produção, além de expandir suas exportações, com geração de divisas.
A expectativa é que o saldo
da balança mineral em 2010
resulte em US$ 18,5 bilhões,
enquanto o saldo total da balança comercial deverá ser
de US$ 20 bilhões.
A se confirmarem esses
números, a participação da
atividade saltará de 50%, em
2009, para 90%, em 2010.
Há vários casos de políticas públicas que permitem
internalizar parte significativa do excedente econômico,
viabilizado pela exploração
dos recursos naturais.
Assim, com planejamento
adequado, é possível estabelecer uma nova trajetória de
desenvolvimento, em que esses recursos possam se constituir em elementos de novo
ciclo de expansão economicamente eficiente, socialmente justo e ambientalmente sustentável.
PAULO CAMILLO VARGAS PENNA é diretor-presidente do Ibram (Instituto Brasileiro
de Mineração).
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