São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

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ANÁLISE MINERAÇÃO

Propostas dos candidatos ao 2º turno deve incluir setor mineral

PAULO CAMILLO VARGAS PENNA
ESPECIAL PARA A FOLHA

O segundo turno das eleições colocou o desenvolvimento sustentável na pauta dos candidatos. Os brasileiros precisam de propostas consistentes em torno de um processo sustentado em estruturas produtivas globalmente competitivas, com melhorias na distribuição da renda e da riqueza geradas.
A articulação desses objetivos exige a implantação de políticas públicas e ações compartilhadas com organizações produtivas privadas.
Essa atividade traz para a economia e para os cidadãos benefícios inequívocos: empregos e condições de empregabilidade, renda, contribuições positivas para a balança comercial, investimentos, tributos, oportunidades de negócios para pequenas empresas, atenuação dos desequilíbrios regionais nas condições de vida. Tanto é assim, que o Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios mineradores é maior do que o de seus Estados.
Uma das contribuições mais significativas da mineração é a de ser o elo articulador de setores-chave, com capacidade de potencializar ciclos de expansão de maior grandiosidade.
A mineração se articula com a siderurgia, a metalurgia, a construção civil, a agricultura, entre outros, os quais apresentam efeitos multiplicadores de renda e de emprego.
Sempre que o Brasil apresenta maior consistência macroeconômica e o ambiente externo se revela favorável, a mineração responde com mais investimento -de 2010 a 2014 serão US$ 62 bilhões- e produção, além de expandir suas exportações, com geração de divisas. A expectativa é que o saldo da balança mineral em 2010 resulte em US$ 18,5 bilhões, enquanto o saldo total da balança comercial deverá ser de US$ 20 bilhões.
A se confirmarem esses números, a participação da atividade saltará de 50%, em 2009, para 90%, em 2010.
Há vários casos de políticas públicas que permitem internalizar parte significativa do excedente econômico, viabilizado pela exploração dos recursos naturais.
Assim, com planejamento adequado, é possível estabelecer uma nova trajetória de desenvolvimento, em que esses recursos possam se constituir em elementos de novo ciclo de expansão economicamente eficiente, socialmente justo e ambientalmente sustentável.


PAULO CAMILLO VARGAS PENNA é diretor-presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração).


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