Abertura de capital com a moeda, porém, depende da aprovação de Pequim

Uso de produtos em yuan na Bolsa ajudaria os chineses a estimularo uso global de sua moeda, diz executivo

DO "FINANCIAL TIMES"

A Bolsa de Hong Kong está pressionando por permissão para que empresas lancem ofertas públicas iniciais de ações (IPO) em moeda chinesa a partir do ano que vem, o que abriria um novo canal para que investidores internacionais operassem com o yuan.
A medida, caso aprovada, também poderia se tornar mecanismo importante para arrecadação de fundos por empresas com operações na China continental.
Mas Charles Li, presidente-executivo da operadora da Bolsa de Hong Kong, afirmou ontem que restavam vários obstáculos técnicos e regulatórios a superar antes que o plano possa virar realidade.
A Bolsa é uma das dezenas de grupos financeiros que se integraram à corrida pela criação de produtos financeiros em yuan, que começou em julho em Hong Kong, quando a China relaxou as restrições ao uso do yuan naquele território.
Bancos e outras instituições financeiras de Hong Kong lançaram apólices de seguro, certificados de depósito e ferramentas de "hedge" em yuan -os primeiros produtos desse tipo disponíveis para investidores estrangeiros.
Li disse que a introdução de produtos em yuan na Bolsa ajudaria a China a estimular o uso global de sua moeda e a reduzir a dependência do dólar.
Ainda que a China este ano tenha retirado todas as restrições ao uso de sua moeda no comércio internacional, a repatriação do yuan para fins de investimento quase sempre requer aprovação das autoridades regulatórias na China continental.