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Centro de SP entra na mira do "retrofit"
Levantamento de imobiliária aponta que 85% dos edifícios comerciais da região têm forte potencial de modernização
Em geral, prédios têm mais de 25 anos, não possuem ar refrigerado
central e, muitas
vezes, não têm garagem
CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
A cidade de São Paulo tem
um estoque de 9,7 milhões de
metros quadrados úteis de
escritórios. E quase metade
desse total (47%) é catalogada como "classe C", com bom
potencial para "retrofit".
São prédios com mais de
25 anos, que não possuem
sistemas desenvolvidos -como o de segurança- nem ar
condicionado central e, muitas vezes, não têm garagem.
Outros 32% são "classe B"
-apesar de já possuírem ar
condicionado central e garagem, não oferecem outras comodidades (como sistema de
segurança).
Levantamento feito pela
imobiliária Herzog mostra
que, no centro da cidade,
85% dos edifícios comerciais
são "classe C", o que coloca a
região entre as com maior potencial de "retrofit".
Avenidas nobres, como
Paulista e Faria Lima, também entram na lista.
São endereços cobiçados
pelas empresas, que já abrigam edifícios mais modernos
e têm poucos terrenos vagos,
mas ainda guardam prédios
antigos -"classes B e C"-
que podem ser "retrofitados".
A construtora Rossi, que já
tem experiência em "retrofit"
residencial no Rio de Janeiro
(veja fotos ao lado), é uma
das companhias de olho no
centro paulistano.
"A região é uma grande
oportunidade tanto no mercado residencial quanto no
comercial", diz Alcides Gonçalves, diretor de gestão de
negócios da Rossi.
Na avaliação do executivo,
a prefeitura "está mais consciente de que precisa da iniciativa privada para efetivamente revitalizar o centro".
"As construtoras devem
começar a explorar esse mercado no curto prazo; é só
questão de acertar os subsídios do município para a
conta fechar", completa.
VANTAGENS
A BR Properties é outra
construtora que começa a
trazer para São Paulo a experiência adquirida no Rio.
No mercado carioca, a empresa deve entregar, em 2011,
o "retrofit" do edifício Manchete, que foi construído em
1978 na praia do Flamengo
com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer. Investimento
total: R$ 120 milhões.
"Um projeto arquitetônico
importante valoriza o empreendimento e pesa a favor
do "retrofit'", diz Martín Jaco,
diretor de investimentos da
empresa.
Na capital paulista, a companhia já fez duas obras comerciais: uma no bairro de
Pinheiros (investimento de
R$ 5 milhões) e outra na marginal Pinheiros, zona sul
(R$ 6 milhões).
O executivo diz ainda que
uma das grandes vantagens
do "retrofit" é o tempo de
obra, de até um ano e meio
-bem menor que o de uma
construção integral, de pelo
menos três anos.
"O potencial de valorização do imóvel "retrofitado"
também é fundamental. Para
valer a pena, precisa ser de
pelo menos 20%", afirma.
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