DO RIO - O IBGE divulgou ontem revisão final dos dados do PIB de 2008, cujo crescimento ficou em 5,2%. Pelos dados preliminares, a expansão havia sido de 5,1%, apurada com base nas informações trimestrais colhidas pelo instituto.
"As variações são pequenas e ocorreram por causa de maior detalhamento dos dados, que permite maior precisão", disse Roberto Olinto, coordenador de Contas Trimestrais do IBGE.
A defasagem de dois anos ocorre porque o IBGE incorpora dados de pesquisas setoriais finalizadas apenas no primeiro semestre deste ano.
Segundo o IBGE, os serviços geraram a maior contribuição para o crescimento do PIB em 2008: 69%. À indústria coube uma fatia de 24%, e à agropecuária, 7%.
Entre os setores que sofreram revisão, a principal diferença foi constatada na indústria, cujo crescimento foi rebaixado de 4,4% para 4,1%.
Ao analisar o PIB sob a ótica da demanda, a maior variação ocorreu no consumo das famílias, que passou de uma alta de 7% para 5,7%.
Com a revisão, o PIB em valores correntes alcançou um resultado de R$ 3,032 trilhões em 2008. Afetado pela crise, o PIB preliminar de 2009 registrou queda de 0,2%, a primeira retração da atividade econômica desde 1992. Para 2010, as estimativas apontam para expansão de 7,5%.
(PEDRO SOARES)


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