São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2011 |
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Mercado Aberto MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br Até 2015, 57% dos hotéis vão ter perfil econômico Até 2015, 57% dos hotéis no Brasil devem integrar o segmento econômico, de acordo com estimativa do Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil). A entidade engloba 67% das redes hoteleiras brasileiras. A participação do segmento econômico era de 25% em 2005, segundo o levantamento. Hotéis intermediários terão sua participação reduzida de 64%, naquele ano, para 37%, enquanto o segmento de luxo, deve passar de 11% para 6%. Os hotéis econômicos têm crescido em participação no mercado porque são bem localizados e os quartos têm conforto, embora sem luxo, segundo especialistas. Beth Kyoko Wada, coordenadora do mestrado em hospitalidade da Universidade Anhembi Morumbi, avalia que o segmento intermediário precisa se posicionar melhor para não perder terreno. "O consumidor no Brasil compreende melhor a proposta do luxo ou econômico. Não sabe o que esperar do intermediário." "Não podemos dizer que só houve a migração para o econômico. O econômico investe na acessibilidade do hóspede, na localização e em serviços sem luxo, mas que funcionam", afirma ela. Para Roberto Rotter, presidente do Fohb, o segmento econômico tem crescido por ser bem localizado. "Os hotéis geralmente ficam nas regiões centrais e oferecem conveniência e acesso à internet a preços que os novos consumidores podem pagar", diz Rotter. Venda de bebidas gera aumento do varejo no NE O crescimento de 26,3% na venda de bebidas alcoólicas impulsionou a indústria varejista no Nordeste, de acordo com pesquisa da Nielsen. Os outros dois setores que mais contribuíram para o desenvolvimento desse tipo de comércio na região foram os de mercearia doce (que engloba bolachas e chocolates) e de bebidas não alcoólicas, com aumentos de 22,2% e 15,5%, respectivamente. O comércio varejista no Nordeste cresceu 12,2% em 2010, segundo a Nielsen. A região foi a segunda que mais se desenvolveu no período, atrás apenas da Norte, com 16,5%. No Brasil, o crescimento das vendas no varejo foi de 10,9%. METALIZADO A multinacional belga Frisomat, produtora de galpões metálicos, abrirá sua primeira fábrica fora da Europa entre agosto e setembro deste ano, em Monte Mor (SP). A empresa pretende importar da Bélgica parte dos materiais que serão utilizados na obra e, por isso, está à espera da emissão de uma licença do governo brasileiro para realizar a construção. "Espero obter toda essa documentação dentro de, no máximo, 15 a 20 dias", diz o presidente do grupo no Brasil, Benoît Somers. O investimento inicial na fábrica é de R$ 39 milhões e o país foi escolhido pela empresa devido às semelhanças culturais com a Europa, segundo o fundador da companhia, Guy Somers. "Os mercados emergentes da América Latina e da Ásia são os que têm mais oportunidades hoje, mas, aqui no Brasil, as pessoas são mais otimistas e a língua é mais fácil de entender", diz Guy. RIO + 20 A CCI (Câmara de Comércio Internacional), em parceria com CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável) e United Nations Global Compact no Brasil, e com a participação de representantes do Ministério das Relações Exteriores, criou o Basd Brasil, que atuará alinhado ao Basd (Business Action for Sustainable Development 2012) internacional e o Itamaraty. O Basd 2012, estabelecido por sugestão das Nações Unidas, representará o setor privado mundial na Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, em maio de 2012, na cidade. Na próxima semana, Unep, da ONU, e ICC (International Chamber of Commerce) fazem em Paris uma reunião preparatória. PETRÓLEO EM ABROLHOS A Queiroz Galvão vai perfurar um poço para exploração de petróleo na região de Abrolhos (BA) ainda no primeiro semestre deste ano. Local de reprodução de baleias e região de maior biodiversidade do Atlântico Sul, o Parque Nacional de Abrolhos está no centro de uma disputa na Justiça que envolve a ANP (Agência Nacional de Petróleo) e empresas como a Galvão e a Petrobras. O Ministério Público tenta reverter a decisão da Justiça que permitiu, em dezembro, as atividades petrolíferas em um raio de 50 km do parque. Novas licitações na área também foram permitidas. A exploração na região pode diminuir a biodiversidade, segundo a ONG Conservação Internacional. Hoje, cinco empresas tem concessão para atuar na área -Perenco, Queiroz Galvão, ONGC, Petrobras e Shell. A Petrobras afirma que replaneja suas atividades exploratórias no local. IPO OU NEGÓCIO PRIVADO? Na tarefa de vender o controle da Schincariol ou preparar IPO da empresa, o BTG Pactual se viu diante de mais de R$ 1 bilhão de contingência tributária, da qual R$ 632 milhões já estão em depósitos judiciais, segundo balanço divulgado pela cervejeira. "É difícil apresentar ao mercado, para um IPO, uma contingência deste tamanho junto à Receita. Geraria uma incerteza quanto ao valor da empresa", diz João Batista Fraga, pesquisador da FGV. Em uma operação privada -como a que tem sido estudada com grandes cervejeiros multinacionais-, por outro lado, o comprador pode, temporariamente, descontar o valor pendente na Justiça. "A empresa pode valer R$ 1 bilhão a mais ou a menos, a depender disso", diz. A precificação em eventual IPO poderia cair mais devido à insegurança do mercado sobre dados que podem estar fora do balanço, se houver. BTG e Schincariol não comentam. Para falar em público O livro reúne dicas para os empresários apresentarem seus produtos e ideias aos clientes. Estratégias para melhorar a comunicação corporativa em slides, cartazes e na exposição para uma plateia são descritas no livro escrito por sócios de uma empresa especializada no tema. SUPERAPRESENTAÇÕES - COMO VENDER IDEIAS E CONQUISTAR AUDIÊNCIA de Joni Galvão e Eduardo Adas EDITORA Original QUANTO R$ 55,90 (184 págs.) com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION, LUCIANA DYNIEWICZ e MAÍRA TEIXEIRA Texto Anterior: Cotações/Ontem Próximo Texto: Petrobras agora afirma que preço da gasolina pode subir Índice | Comunicar Erros |
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